Categoria: Alergias

Alergia alimentar: mitos e verdades

Você possui algum tipo de alergia alimentar ou conhece alguém que enfrenta esse problema? Provavelmente você ou essa pessoa já estão acostumadas a ter na bolsa um antialérgico, mas a melhor maneira de evitar a alergia é eliminando o alimento da dieta! 

Alguns alimentos que consumimos causam reações adversas no nosso organismo. Quando o assunto é alimentação elas são divididas em intolerância alimentar e alergia alimentar. Na intolerância o organismo não é capaz de digerir e processar determinados tipos de componentes, o que gera mal-estar; os sintomas costumam aparecer de uma a três horas após a ingestão. Já na alergia alimentar ocorre uma resposta exagerada do sistema imunológico a algum tipo de alérgeno e os sintomas costumam aparecer nos primeiros minutos após a ingestão.

Como não existe nenhum medicamento capaz de prevenir a alergia alimentar é fundamental que haja o  estímulo ao aleitamento materno no primeiro ano de vida, bem como a introdução tardia dos alimentos sólidos potencialmente provocadores de alergia. Além disso, a recomendação é que o leite de vaca, caso seja realmente uma necessidade na família, só seja consumido após o primeiro ano de vida; os ovos após os dois anos e o amendoim e as nozes somente depois dos três aninhos. 

A alergia alimentar pode afetar o sistema respiratório, o sistema gastrointestinal e a pele, causando diferentes reações: tosse, falta de ar, dores abdominais, diarreia, vômitos, coceira, vermelhidão e inchaço na pele. 

A triagem inicial da alergia alimentar pode ser feita através da dosagem de IgEs múltiplos, onde é avaliado se há aumento do valor da imunoglobulina IgE contra um determinado grupo de alimentos (chamado de painel), existem vários tipos de IgEs múltiplos, para avaliar diversas possibilidades de alergia alimentar. Quando o resultado da dosagem do IgE múltiplo estiver aumentado, é feita a dosagem de IgE específico para cada alimento do grupo, para descobrir qual alimento está causando a alergia alimentar. Após diagnosticado o alérgeno, a maneira mais segura de viver sem crises e com qualidade de vida é a partir de uma dieta de exclusão, ou seja, eliminando o alimento da sua dieta. Conheça alguns dos painéis de IgE múltiplo disponíveis para a triagem inicial da alergia alimentar:

IgE MúltiploPesquisa alergia a/ao: 
FX1Amendoim, avelã, castanha do Pará, amêndoa e côco
FX2Frutos do mar
FX3Trigo, aveia, milho e gergelim
FX5Clara de ovo, leite, bacalhau, trigo, amendoim e soja
FX7Tomate, levedura, alho, cebola e aipo
FX8Avelã, castanha do Pará, laranja, maçã e cacau
FX9Amêndoa, kiwi, melão, laranja e uva
FX12Centeio, arroz, batata, cogumelo e abobrinha
FX13Ervilha, feijão branco, cenoura e batata
FX15Laranja, maçã, banana e pêssego
FX16Morango, limão e abacaxi
FX18Ervilha, amendoim e soja
FX20Trigo, centeio, cevada, arroz
FX25Gergelim, alho, aipo, levedura
FX72Manjericão,erva-doce ou funcho, anis, gengibre
FX74Bacalhau, cavala, arenque e solha

Quando o assunto é saúde é fundamental desmistificar algumas questões, confira abaixo alguns dos mitos e verdades em relação à alergia alimentar:

A alergia alimentar pode ser herdada: verdade

A maior parte dos alérgicos têm familiares de primeiro grau com sintomas semelhantes. Por isso mesmo é importante investigar o histórico familiar!

É mais comum em adultos: mito

A maioria das reações alérgicas aos alimentos é manifestada ainda na infância. A alergia ao leite de vaca, por exemplo, afeta geralmente crianças com menos de três anos e o diagnóstico geralmente é feito antes dos dois anos. 

A alergia alimentar é crônica: mito

Quem tem algum tipo de alergia alimentar não necessariamente conviverá com ela durante toda vida. A alergia ao leite de vaca que é comum na infância pode não ser mais uma realidade com o crescimento. No entanto, alergia a determinados tipos de alimentos, como amendoim e frutos do mar, tendem a se prolongar. 

Consumir pequenas porções do alimento não faz mal: mito

Quando o assunto é alergia alimentar a quantidade consumida pouco importa. Uma pequena quantidade já é capaz de desencadear uma reação grave. As orientações do seu médico devem ser seguidas corretamente!

Ao diagnosticar uma alergia alimentar você evita crises, surpresas desagradáveis e medicações desnecessárias, que colocam em risco sua saúde. Aqui no Gerardo Trindade você pode realizar seu exame com segurança e tranquilidade!

ALERGIAS: TUDO O QUE VOCÊ SEMPRE QUIS SABER A RESPEITO

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada três pessoas sofre de algum tipo de alergia, uma reação exagerada do sistema imunológico a substâncias que, na maioria das pessoas, não causa sintomas.

Os tipos mais comuns de alergia são: asma, rinite, conjuntivite, sinusite, urticária e alergia alimentar. Todos os tipos de alergia, quando manifestam sintomas, são observadas após o contato com o alérgeno, ou seja, a substância que causa a alergia. Em casos mais graves, caso não haja atendimento, pode ocorrer o angioedema (inchaço das pálpebras, lábios ou extremidades) e a anafilaxia.

O que acontece com o corpo durante a reação alérgica?

Ao ter contato com o alérgeno, a proteína que desencadeia a reação alérgica, o organismo se protege acionando a liberação de químicos inflamatórios mediados por imunoglobulinas de classe E (IgE). Por isso, a intensidade dos sintomas será de acordo com cada pessoa e a quantidade de alérgeno que ela ingeriu ou teve contato.

Em geral, a alergia é mediada por IgE e/ou linfócitos T:

Quando mediada pela IgE: geralmente se desenvolve durante a infância e ocorre em pessoas com forte histórico familiar de alergias. São exemplos: urticária, asma e anafilaxia.

Quando mediada por linfócitos T: manifesta-se de forma gradual, é crônica e é mais comum em bebês e crianças. São exemplos: gastroenteropatias por proteínas dietéticas e doença celíaca.

Quando mediada por IgE e linfócitos T: costuma ter início tardio. São exemplos: dermatite atópica e gastroenteropatia eosinofílica.

Qual a diferença entre sensibilidade, alergia e intolerância?


Imagem: comparativo entre alergia, sensibilidade e intolerância.

Quais são os principais fatores de risco?

Se você tem casos de asma, eczema, urticária e outras alergias na sua família, as chances de desenvolver alergias alimentares são maiores. Falando especificamente da asma, é bom ter uma atenção extra. Nestes casos, os sintomas da doença e da alergia ficam mais graves do que o normal.

Além disso, as alergias alimentares são mais comuns na infância. Isso acontece porque, com o passar dos anos, o sistema digestivo amadurece e o corpo fica menos propenso a absorver substâncias que provocam alergias.

Os alérgenos alimentares mais comuns em recém-nascidos e crianças são: leite, soja, ovos, amendoim e trigo. Em jovens e adultos, nozes e frutos do mar.

Como é o diagnóstico das alergias?

Você pode investigar diversos tipos de alergias através de uma pequena amostra de sangue, mais especificamente com os testes de IgE múltiplo e IgE específico.

No teste de IgE múltiplo, são medidos os anticorpos, as imunoglobulinas da classe E (IgE), usualmente associados com a alergia e/ou parasitose. Pacientes com IgE total inferior a 10 kU/L dificilmente tem alergia.

O teste de IgE específico é o mais eficiente e seguro, já que não interfere no uso de medicamentos pelo paciente. Dessa forma, a indicação dos níveis de anticorpos do tipo imunoglobulina E (IgE) para um alimento específico a ser testado, são auxiliares no diagnóstico das alergias.

Qual a importância do diagnóstico?

Quando você busca um médico para avaliar se há algum tipo de alergia, sensibilidade ou intolerância não só evita reações adversas como também medicações desnecessárias e leva uma vida mais tranquila!

 

Aqui no Laboratório Gerardo Trindade você pode realizar esses exames e manter a sua saúde em dia!

Intolerância à Lactose

A lactose é um açúcar presente no leite de praticamente todos os mamíferos, tendo como única exceção o leão marinho. Trata-se de uma molécula composta por dois açúcares menores, a glicose e a galactose. Assim, quando ingerimos lactose, ela tem que  ser quebrada ao meio, para que a glicose e a galactose se separem, permitindo assim sua absorção pela parede intestinal. Quem faz esta quebra é uma enzima conhecida por lactase.

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