Mês: setembro 2018

Doenças cardíacas: 3 dicas para um coração mais saudável

Quase 40% das mortes no Brasil são causadas por infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Os principais fatores que podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares são obesidade, tabagismo, colesterol alto, sedentarismo, estresse e hipertensão arterial. Mudanças na rotina diária fazem toda a diferença na prevenção das doenças cardíacas e devem ser adotadas por todos,  das crianças aos idosos.

Uma das atitudes mais importantes para quem quer cuidar do coração é praticar exercícios. É necessário fazer atividade física leve por, no mínimo, 150 minutos por semana, que podem ser divididos em 30 minutos por dia, cinco vezes por semana.

Cultivar as amizades, ler bons livros e dar boas risadas também fazem bem ao coração. É importante manter o hábito de sair com os amigos e praticar atividades prazerosas, que aliviam as situações de tensão. O estresse é uma das principais causas no aumento do colesterol e da pressão alta que prejudicam o coração.

Manter uma alimentação saudável – sem perder o sabor e o prazer a mesa – evita a obesidade, o colesterol alto e a hipertensão arterial, inimigos do bom funcionamento do coração. Uma taça de vinho tinto por dia é benéfica para a saúde cardiovascular, por exemplo, pois contribui para o aumento do colesterol bom (HDL). O azeite tem a mesma propriedade e deve fazer parte da nossa alimentação diária.

Para controlar a pressão arterial é necessário diminuir a ingestão de sal. O brasileiro consome mais do que o dobro indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A gordura abdominal é outro motivo de preocupação, ela secreta substâncias inflamatórias  – as adipocitocinas – que elevam o risco de doenças cardíacas.

O tabagismo não afeta apenas o pulmão. Ele também causa aterosclerose, que é o endurecimento das paredes dos vasos sanguíneos, o que contribui para a hipertensão .

No controle das doenças cardiovasculares também é necessário o acompanhamento anual das taxas de colesterol total e de suas frações, bem como do triglicérides. Outro exame que tem que ser feito é a dosagem de glicose. A diabetes também é um grande fator de risco para o coração.  Também é importante dosar a uréia e a creatinina, porque a hipertensão pode causar lesões renais. Através do exame de sangue também é possível avaliar o risco cardíaco, a partir da dosagem da proteína C reativa ultrassensível, avaliando o grau de inflamação do organismo.

A prevenção das doenças cardíacas passa pela adoção de hábitos saudáveis e isso só depende de você. Conte com o Laboratório Gerardo Trindade para fazer seu check-up anual!

TRÊS DICAS PARA DEIXAR SEU CORAÇÃO MAIS SAUDÁVEL:

1) ALIMENTE-SE BEM:

É possível seguir uma dieta saborosa e equilibrada com proteínas, fibras, carboidratos e gorduras. O consumo de sal diário não deve ultrapassar os 6 g e os de açúcar, 25 g. Alimentos para incluir na sua rotina:

– Azeite

– Leite desnatado

– Nozes e castanhas

– Pão integral

– Suco de uva

– Chocolate com alto teor de cacau

2) FAÇA EXERCÍCIOS COM REGULARIDADE:

Caminhar uma hora por dia reduz os riscos de doenças cardiovasculares. Além disso, qualquer tipo de esporte ajuda a combater o estresse.

3) FAÇA CHECK-UPS ANUAIS

Consulte seu médico anualmente e faça os exames de acompanhamento que ele solicitar para avaliar como está o seu coração. Alguns exemplos:

– Colesterol total e frações + triglicérides

– Proteína C reativa ultrassensível

– Glicemia em jejum e  hemoglobina glicada

– Ureia e creatinina

– Eletrocardiograma

– Teste ergométrico

Envelhecer com saúde: cinco pilares para uma velhice plena

Todas as fases da vida devem ser vividas com intensidade. Envelhecer faz parte vida e chegar à velhice dependerá muito das atitudes que tomamos ao longo da vida.  Nunca é tarde para se cuidar, ter uma vida saudável, plena e feliz. Convidamos você a fazer uma reflexão sobre os cuidados para envelhecer de forma saudável, focando em cinco pilares fundamentais:

Ter propósito de vida

Cuidar do corpo

Cuidar da mente

Manter relações afetivas e sociais de qualidade

Cultivar a espiritualidade


1) TER PROPÓSITO DE VIDA

O propósito de vida é o que orienta toda a nossa trajetória existencial, está intimamente associado a nossa identidade e tem como base nossas crenças e valores. É motivo para levantarmos da cama todos os dias. Nosso propósito de vida é a lembrança de quem somos e do impacto que causamos no Universo. Está relacionado aos nossos talentos, ações, objetivos, sonhos e aspirações mais profundas.  Para você se inspirar e, se preciso, realinhar sua rota, reflita sobre as questões abaixo:

  • Qual é a sua razão para viver?
  • Quais são os seus objetivos de vida?
  • Quais são os seus sonhos?
  • Qual é o seu projeto de vida?

Procure se manter ocupado, descubra atividades que ofereçam prazer e bem-estar!

2) CUIDAR DO CORPO

Para ter uma vida plena é necessário que o corpo esteja saudável e capaz de realizar o que precisa ser feito sem muito esforço ou dor. Alguns hábitos são essenciais para manter o corpo saudável em qualquer idade:

Alimentação saudável:

A alimentação equilibrada é necessária para a reposição dos nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo. Para um plano alimentar personalizado busque a ajuda de um nutricionista, que irá adaptar a sua alimentação às suas necessidades e gosto. Em regras gerais, temos que ingerir os seguintes alimentos e nutrientes:

  • As fibras, presentes nas frutas e outros alimentos, são benéficas para o bom funcionamento do intestino;
  • Cálcio, presente no leite e seus derivados;
  • Alimentos integrais, legumes e verduras precisam estar sempre presentes da rotina alimentar;
  • Proteínas, que são fundamentais para reforçar o sistema imunológico, além de ajudar na manutenção da massa magra;
  • As gorduras boas, que são aliadas no combate às doenças do coração. Elas estão presentes nas castanhas e no azeite, por exemplo.

Além da alimentação é fundamental consumir, no mínimo, 2 litros de água por dia. A disposição e o equilíbrio do corpo estão intimamente ligados à hidratação.

 Exercícios físicos:

Com o processo de envelhecimento, o idoso perde aos poucos algumas capacidades físicas, como a força muscular, o equilíbrio e a mobilidade das articulações. Esse processo pode  levar à dependência de alguém para toda e qualquer atividade do dia a dia, mesmo nas mais simples, como fazer a higiene pessoal. O exercício físico é necessário para manter e restaurar as capacidades físicas.

Além de prevenir uma série de doenças, o exercício físico também influencia no tratamento das doenças já estabelecidas, diminuindo a mortalidade, o número de internações e proporcionando uma qualidade de vida melhor para quem se exercita.  Todas as pessoas acima de 60 anos devem realizar exercícios de força (musculação e Pilates, por exemplo) com a finalidade de:

  • Fortalecer os músculos e melhorar a capacidade funcional, ou seja, a capacidade de realizar os movimentos do dia a dia;
  • Diminuir o risco de quedas;
  • Prevenir e tratar a osteoporose;
  • Auxiliar no tratamento da diabetes, da pressão arterial e da artrose;
  • Melhorar a dor nas costas;
  • Melhorar a função cardiovascular e metabólica;

 Hábitos saudáveis:

Alguns hábitos são essenciais para a manutenção do bem-estar físico do idoso. Se você ainda não os pratica, ainda é tempo:

  • Durma o número de horas de sono necessárias. Durante uma boa noite de sono o nosso organismo tende a se equilibrar, pois muitos processos metabólicos acontecem neste momento. Quando o idoso não dorme o suficiente, acorda com menos disposição, antecipa o envelhecimento, dificulta a concentração e se torna mais propenso a obesidade, diabetes, pressão alta e doenças infecciosas;
  • Evite o cigarro. O cigarro, além de ser um das maiores causas de câncer, contribui para o endurecimento das paredes dos vasos – a aterosclerose – levando problemas cardíacos e AVCs, por exemplo. Além disso, a baixa oxigenação que o cigarro induz leva ao envelhecimento precoce da pele e a formação antecipada de rugas;
  • Evite o álcool. O álcool é metabolizado no fígado e seu excesso pode causar lesões irreversíveis nesse órgão;
  • Faça check-ups de saúde periodicamente. A realização de exames periódicos é uma medida eficaz de prevenção de doenças  que podem surgir e se agravar com o tempo. Vá ao seu médico semestralmente e realize os exames que ele passar. Também é importante fazer um acompanhamento semestral com o dentista, principalmente em caso de uso de próteses dentárias;
  • Não tome medicamentos sem orientação médica. A metabolização dos medicamentos é feita no fígado, que tem sua função diminuída com o passar dos anos. O excesso de medicamentos pode levar até a uma hepatite fatal;
  • Mantenha o peso adequado. A gordura tende a se alocar no abdômen, envolvendo os órgãos. Este tipo de gordura é extremamente prejudicial ao coração, podendo levar a um infarto. O excesso de peso também agride as articulações, podendo levar a artroses e quebra de ossos;
  • Tome 15 minutos de sol pela manhã diretamente nas costas, para estimular a produção de vitamina D pela pele. A vitamina D e o cálcio são essenciais para fortalecer os ossos e prevenir a osteoporose;
  • Use filtro solar ao sair no sol, a pele do idoso é mais fina e pode sofrer queimaduras facilmente.

3) CUIDAR DA MENTE

Com o envelhecimento é natural que haja diminuição da memória e esquecimentos, sem que isso seja uma doença. São várias as causas que levam a esse quadro, entre elas, por exemplo: perda de neurônios e sinapses (5% por década) na região do hipocampo, que é responsável por fixar a memória recente; diminuição do fluxo sanguíneo no cérebro.

Apesar da perda de memória “programada” é possível impedir e até reverter esse quadro. Algumas pequenas atitudes realizadas regularmente auxiliam na fixação da memória recente:

– Aprender coisas novas: aprender uma nova língua, usar uma nova tecnologia, ler um livro. Ao se aprender algo há um aumento na quantidade de neurônios do hipocampo e na quantidade de sinapses entre eles;

– Fazer palavras cruzadas, jogar sudoku: esses jogos estimulam a formação de novas sinapses entres os neurônios já existentes, reforçando a manutenção da memória;

– Controlar o diabetes: o excesso de glicose no sangue causa danos nos neurônios;

– Controlar o colesterol: o colesterol em excesso se deposita nos vasos sanguíneos (aterosclerose), diminuindo seu calibre e a vascularização do cérebro;

– Fazer exercícios: exercícios são fundamentais para aumentar o aporte de sangue para o cérebro e levar os nutrientes que ele precisa para realizar suas funções.

4) MANTER RELAÇÕES AFETIVAS E SOCIAIS DE QUALIDADE

O relacionamento com outras pessoas é imprescindível para a manutenção da saúde mental de qualquer pessoa. Com o envelhecimento há uma diminuição natural no número de pessoas com quem se convive: os filhos que crescem e já não moram com os pais, os colegas de trabalho que já não se encontram por perto após a aposentadoria, os amigos que morrem… Porém, o ser humano é gregário por natureza e necessita do contato com o outro para se manter mentalmente saudável. O isolamento do idoso deve ser acompanhado pela família com muita atenção, pois ele é uma das grandes causas do surgimento de depressão nessa faixa etária. Existem várias formas de formar novos laços e reforçar os laços afetivos anteriores. Alguns exemplos:

–  Entrar para um grupo com que se tenha afinidades: dança, aula de línguas, aula de pintura, entre outras.

–  Usar as mídias sociais para manter contato com familiares e amigos distantes;

– Fazer viagens em grupo;

– Ser voluntário em um projeto social ou hospital.

5) CULTIVAR A ESPIRITUALIDADE

A espiritualidade é um dos grandes pilares do ser humano, porque proporciona alento nos momentos difíceis e oferecem sentido a própria existência, abrandando o medo ancestral da morte que se torna mais próxima para o idoso.  Cada pessoa vive a espiritualidade a seu modo, de acordo com a sua formação familiar e cultural, não existindo o certo ou o errado neste terreno.

Revisados os cinco pilares do envelhecer saudável, esperamos que você os coloque em prática. Cuidar de você é única e exclusivamente uma obrigação sua. Tome a sua vida em suas mãos, não importa a idade que você tenha hoje. Você vai ser um idoso um dia!

Conte com o Laboratório Gerardo Trindade para cuidar da sua saúde!

O caminho e os efeitos do álcool no organismo

O que acontece no nosso corpo quando bebemos? O principal ingrediente das bebidas alcoólicas é a molécula de etanol. Acompanhe o trajeto do etanol pelo organismo e o que ele provoca!

No estômago

25% do etanol é absorvido no estômago. O etanol das bebidas irrita a mucosa do estômago, dificultando a digestão e aumentando a produção de ácido gástrico no órgão. Isso gera aquela sensação de enjôo e a vontade de vomitar. O vômito funciona como um mecanismo de autodefesa, comandado pelo cérebro, contra a ação agressiva do álcool no estômago. Por isso a pessoa se sente mais aliviada após vomitar, porque termina a irritação da mucosa pelas moléculas do etanol.

No intestino delgado

O restante do etanol só cai na corrente sanguínea quando a bebida chega ao intestino delgado – órgão cheio de vasos e membranas permeáveis. São necessários de 15 a 60 minutos para todas as moléculas de etanol entrarem na circulação e se espalharem pelo corpo. Esse tempo depende de fatores como, por exemplo, a presença de comida no estômago e a velocidade com que a pessoa bebeu.

No fígado

90% das moléculas de etanol são metabolizadas no fígado – o etanol é transformado em acetaldeído e, em seguida, em acetato. O acetato é eliminado pela urina. Porém, dependendo da quantidade de álcool ingerida, o organismo não consegue eliminar todo o álcool e o acetaldeído cai na corrente sanguínea, produzindo efeitos diversos em vários órgãos do corpo. O acetaldeído é o culpado pela ressaca que nos acomete após beber demais (veja o quadro no final deste post). O fígado consegue processar por hora somente o equivalente a uma lata de cerveja. Acima disso, o etanol passa a intoxicar o organismo.

Nos rins

Quem bebe tem mais vontade de fazer xixi e isso não acontece só pela quantidade de líquido ingerido. O acetaldeído age na hipófise, uma glândula localizada cérebro. Lá, ele inibe a produção do hormônio ADH (também chamado vasopressina), que controla a absorção de água pelos rins. Com menos líquido absorvido, mais urina é eliminada.

No coração

Um efeito colateral do excesso de urina acaba atingindo o coração. É que pela urina são eliminados minerais, como magnésio e potássio, que ajudam a manter o batimento cardíaco. Durante e após uma bebedeira o ritmo do coração pode apresentar alterações devido à perda do potássio, principalmente.

No cérebro

Quando o etanol carregado pelo sangue chega ao cérebro, ele estimula os neurônios a liberar uma quantidade extra de serotonina. Esse neurotransmissor regula o prazer, o humor e a ansiedade. Por isso, um dos primeiros efeitos do álcool é deixar a pessoa desinibida e eufórica.

Se a pessoa continuar bebendo, outros dois neurotransmissores são afetados. O etanol inibe a liberação do glutamato, que regula o GABA. Sem o controle do glutamato, mais GABA é liberado no cérebro. Como esse neurotransmissor faz os neurônios trabalharem menos, a pessoa perde desde a coordenação até o autocontrole.

Como a ingestão de álcool atinge diferentes regiões do cérebro e altera os sentidos:

  1. Quando a bebida alcança o lobo frontal, surge a sensação de alegria. A pessoa fica mais falante, ainda sem prejuízo do raciocínio.
  2. Ao atingir os lobos parietal e temporal, começam os problemas. A pessoa pode cometer um desatino, como cruzar um sinal vermelho, por exemplo.
  3. Se chegar ao lobo occipital, responsável pelo movimento e pela visão, torna-se difícil ficar em pé e andar direito. A visão torna-se embaçada.
  4. O cerebelo comanda os reflexos. Quando a região é atingida pelo álcool, a coordenação motora fica bastante comprometida.
  5. O tronco encefálico controla a respiração. O álcool demora a afetar essa área, mas  quando afeta leva à inconsciência e ao coma, por insuficiência respiratória e cardíaca. A única defesa do corpo, então, é provocar um desmaio para a pessoa parar de beber.

SEMPRE QUIS SABER: POR QUE TEMOS RESSACA?

A culpa é de uma substância chamada acetaldeído. Se a ingestão for pequena, o fígado dá conta de metabolizar o álcool, que vira acetaldeído. Este, por sua vez, se transforma em acetato (não prejudicial ao organismo). Em altas doses, porém, essa transformação é mais lenta e o acetaldeído acaba se acumulando e indo parar na corrente sanguínea.

Lá, ele provoca todas as reações desagradáveis da ressaca. Essa substância também atua diretamente no sistema nervoso central e há uma suposição de que ela dilata os vasos sanguíneos, causando pressão baixa, taquicardia, tontura, vermelhidão, dor de cabeça, aumento da temperatura do corpo e alterações no sistema digestivo – origem das náuseas e vômitos. Além disso, o acetaldeído inibe o hormônio antidiurético, o que faz a pessoa urinar mais e, por isso, perder líquido. Daí vem a sensação de boca seca e a necessidade de beber água.