Mês: janeiro 2020

Hanseníase: conhecer para combater

Durante o mês de Janeiro, também chamado de “Janeiro Roxo”, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), junto com o Departamento de Hanseníase e a Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), promovem campanhas e ações educativas para a população, reforçando o compromisso em controlar a doença, oferecendo diagnóstico e tratamento corretos.

As campanhas têm o objetivo de chamar a atenção da sociedade e das autoridades de saúde sobre a importância da prevenção e do tratamento adequado, além de difundir informações e desfazer preconceitos que tanto prejudicam o diagnóstico precoce da doença. Após perceber os sintomas, é importante que se busque o tratamento adequado, oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

AFINAL, O QUE É HANSENÍASE?

A hanseníase, que um dia já foi chamada de lepra, está entre as doenças ditas negligenciadas, que acometem as populações mais pobres do planeta. A Índia ocupa o primeiro lugar em números de casos, mas o Brasil vem logo atrás, na segunda posição. 

A imagem negativa da doença remonta aos tempos bíblicos, quando ela causava incapacidades físicas estigmatizantes. Porém, essa visão não corresponde à realidade atual, onde já existe tratamento eficaz e cura.

COMO SE PEGA?

É uma infecção causada pela bactéria Mycobacterium leprae. O contágio ocorre por meio de convivência muito próxima e prolongada com o doente da forma transmissora (multibacilar), que não se encontra em tratamento, por contato com gotículas de saliva ou secreções do nariz. Tocar a pele do paciente não transmite a hanseníase. Cerca de 90% da população tem defesa contra a doença, assim poucas pessoas que entram em contato com indivíduos não tratados, de fato, adoecem. 

O tempo entre a aquisição da doença e da manifestação dos sintomas, pode variar de 6 meses a 5 anos. A maneira como a hanseníase se manifesta varia de acordo com a genética de cada pessoa. 

A doença atinge principalmente a pele e os nervos periféricos. Podem surgir manchas brancas, avermelhadas ou acobreadas que podem se elevar, além de caroços. A principal característica das lesões é a diminuição de sensibilidade ao calor, ao frio e à dor. Podem também, ocorrer formigamentos e diminuição de força em mãos e pés.

COMO É REALIZADO O TRATAMENTO?

O tratamento é gratuito e realizado pelo SUS em todo território nacional, podendo durar de 6 a 12 meses. Após o início da terapia, não é necessária nenhuma medida higiênica ou de isolamento domiciliar, como separação de talheres, etc. 

A hanseníase tem cura e quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, menor o risco de sequelas. É importante ficar atento aos sinais e sintomas e procurar assistência médica o mais rápido possível. 

Imagem: como não se pega hanseníase

Compulsão alimentar: como fugir das armadilhas da gula

Você já descontou algum tipo de estresse ou frustração na comida? Esse comportamento merece atenção, principalmente porque pode acabar se tornando um hábito e, mais especificamente, um quadro de compulsão alimentar. 

Alguns sinais que merecem atenção são: comer muito mais rápido que o normal, comer em grandes quantidades ou abrir a geladeira no meio da noite mesmo sem fome , comer escondido ou até se sentir desconfortável fisicamente, sentir culpa ou vergonha depois do episódio. 

A vida é para ser vivida! Por outro lado, é preciso que haja parcimônia no consumo exagerado de alimentos, principalmente quando ele é provocado por impulsos. Como notar isso? A fome não é específica e pode provocar sensações físicas, como o estômago roncando, por exemplo. Já o desejo ou impulso provocado pela compulsão alimentar costuma ser específico, não depende do tempo que você se alimentou, ou seja, você pode ter acabado de almoçar e sentir vontade de comer alguma coisa, mesmo sem fome. 

Confira algumas dicas para dar fim à compulsão alimentar! 

Entenda o motivo por trás do impulso 

Da próxima vez que você sentir um forte desejo por algum alimento, mesmo depois de ter se alimentado, procure entender o motivo por trás dele. A razão, geralmente, está associada a sentimentos como tristeza, raiva, mágoa ou frustração. 

Não pule refeições

A correria é um dos principais motivos para que as pessoas tenham esse hábito. Acontece que pular refeições altera a glicemia e provoca mais compulsão na refeição seguinte! 

Priorize alimentos ricos em fibra

Alimentos ricos em fibra, como alface, couve, agrião, rúcula, acelga, abacate, ameixa, caqui, maçã, mamão, aveia, linhaça e farelo de trigo ajudam na saciedade e evitam episódios de compulsão alimentar. 

Beba bastante água 
Além de regular funções importantes no organismo e contribuir para o seu bem-estar, a água também controla a fome e o desejo. Então já sabe, né? Tenha sempre com você uma garrafinha de água e encha ao longo do dia!

Pratique algum tipo de atividade física regularmente 

Os exercícios físicos controlam os níveis de glicose e insulina, liberam os chamados hormônios da felicidade, como endorfina, ocitocina, serotonina e dopamina, além de ajudarem no combate de ansiedade, tristeza e depressão, aliadas da compulsão alimentar. 

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Vegetarianismo e saúde: check-up

Em apenas seis anos, o número de pessoas vegetarianas quase dobrou no Brasil. É o que apontou uma pesquisa feita pelo Ibope no início de 2019. Os motivos para não ingerir nenhum tipo de carne – boi, ave, peixe e frutos do mar – são diversos, dentre eles: filosofia e ética (causa animal e ambiental), religião, estilo de vida, entre outros. 

Para evitar dores de cabeça relacionadas a sua saúde é bom ficar de olho no que você coloca no prato e, é claro, na sua rotina de exercícios físicos. Vale mencionar que o vegetarianismo só faz sentido quando a intenção é ser mais saudável do que antes. Por isso, nada de substituir a carne por frituras e queijos a perder de vista. 

PARA UMA DIETA VEGETARIANA SAUDÁVEL

Conhecer os grupos de alimentos e combiná-los para melhorar a obtenção dos nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo é muito importante, principalmente ao optar pela dieta vegetariana. No seu prato deve constar 50% de legumes e verduras, 25% de feijões e castanhas e 25% de cereais, como orienta a Sociedade Brasileira de Vegetarianismo (SBV).  Conheça os grupos de alimentos:

CEREAIS – arroz, trigo, centeio, milho, aveia, quinua, amaranto e produtos feitos com eles, como pães, massas de tortas, macarrão, entre outros.

LEGUMINOSAS – todas as variedades de feijões, grão-de-bico, soja (de preferência, na forma de tofu), lentilhas, ervilhas, favas e assemelhados. 

OLEAGINOSAS – nozes, amêndoas, castanhas, pistache, macadâmia e sementes (girassol, abóbora, gergelim, linhaça, entre outras). 

AMILÁCEOS – inhame, batata, cará, mandioca, batata doce, entre outros. 

LEGUMES – abobrinha, chuchu, pimentão, berinjela, cogumelos, entre outros.

VERDURAS – couve, rúcula, agrião, brócolis, mostarda, escarola, alface, taioba, algas e muitas outras. 

FRUTAS – opte sempre pelas frutas da estação; 

ÓLEOS – azeite de oliva e óleos de soja, girassol, linhaça, entre outros.

Alguns vegetarianos ainda excluem de sua alimentação não apenas a carne, mas qualquer alimento de origem animal: leite e derivados. Como em qualquer estilo de vida é importante que haja acompanhamento médico, e isso passa pelo check-up anual para avaliar o estado geral de saúde! Confira os principais exames indicados:

Vale lembrar que toda decisão que possa influenciar na sua saúde precisa de orientação médica. Por isso, consultar profissionais como nutricionistas ou nutrólogos pode ajudá-lo a passar pela transição alimentar sem surpresas negativas! 

Além disso, é importante ficar atento aos sinais do corpo: fadiga ou sensação de cansaço (físico ou mental), ganho ou perda de peso, distúrbios no sono, depressão, pouco apetite sexual, falta de concentração e dores de cabeça frequentes podem indicar alguma deficiência que precisa ser rapidamente resolvida!

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Verão: dengue, zika e chikungunya

A incidência de insetos aumenta muito com a chegada do verão, principalmente associada ao acúmulo de água parada em diversos recipientes por causa da chuva. Por isso, é importante ficar de olho nos focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya – o Aedes Aegypti – evitando sua proliferação. 

O clima quente e úmido é perfeito para sua reprodução, assim como locais com água limpa e parada. A cada três dias, são colocados cerca de 40 ovos de uma só vez. Após 7 dias como larva, o Aedes atinge sua maturidade. De cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas, ele voa a uma altura de 1,5 metros e seu maior horário de atividade é no início da manhã e no final da tarde. A fêmea pica o hospedeiro infectado e leva o vírus na saliva. Por isso, apenas ela transmite o vírus. 

*Dando fim aos focos do mosquito

– Não deixe água parada em nenhum recipiente, como garrafas, sacos plásticos e embalagens diversas;

– Se você for apegado às suas plantinhas, basta colocar areia fina na borda de seu pratinho. Se elas acumularem água é importante usar uma colher de sopa para um litro de água em sua base, pelo menos, duas vezes por semana, tirando a água acumulada nas folhas;

– Tampe e lave bem sua caixa d’água, poço, cisternas, jarras e filtros;

– Se você precisa guardar pneus velhos, por algum motivo, guarde-os em um local coberto; 

– Deixe a tampa do vaso sanitário sempre fechada;

– Limpe as calhas e a laje da sua casa sempre que notar o acúmulo de água;

– Mantenha a água da piscina sempre tratada com cloro, fazendo a limpeza uma vez por semana. Caso não a utilize, use uma lona para cobrir sua superfície!

*De olho nos sintomas 

A dengue, zika e chikungunya possuem sintomas similares, mas existem algumas diferenças:

Reprodução: Ministério da Saúde

*Diagnóstico laboratorial

O diagnóstico laboratorial irá depender da fase da doença. No início da virose – do dia 1º até o 4º dia –  são pesquisados os possíveis vírus que estão causando a doença. Nessa fase, o organismo ainda não produziu anticorpos suficientes para serem detectados pelos exames sorológicos. Por diagnóstico molecular é possível diferenciar e isolar o vírus que está causando os sintomas. No caso específico de suspeita de dengue existe outro exame – NS1 – que pesquisa uma proteína do vírus, realizado por imunocromatografia. 

Após o 6º dia do início dos sintomas, o organismo já produz anticorpos suficientes para serem detectados nos testes sorológicos e a quantidade de vírus no organismo cai a taxas indetectáveis. 

Além disso, é importante que sejam realizados hemogramas diários para acompanhar a contagem de plaquetas. Se houver uma diminuição drástica destas poderá haver perigo de hemorragias graves, principalmente em casos de reinfecção pelo vírus da dengue.

*Prevenindo complicações

Durante o período febril é importante tomar alguns cuidados, como fazer repouso de 5 a 7 dias após os sintomas; usar apenas medicamentos indicados pelo seu médico e evitar o uso de anti-inflamatórios, já que eles aumentam o risco de sangramento no caso da dengue. Se você utiliza algum de forma regular é importante informar ao médico! Além disso, é fundamental prevenir a desidratação, ingerindo soros de hidratação industrializados, água, sucos, chás e água de coco.

O período de chuvas no verão reforça a necessidade de não apenas prevenir os focos do mosquito, como conversar e conscientizar vizinhos, colegas, amigos e familiares para que eles façam o mesmo! 

Conte com o Gerardo Trindade para cuidar da sua saúde!