Mês: junho 2020

Covid-19: por que o exercício é fundamental para diabéticos

Em tempos que somos convidados a repensar nossos hábitos de vida, os indivíduos com Diabetes se veem no grupo de risco frente a esta nova pandemia. Fato este comprovado em estudos recentes em indivíduos que contraíram a Doença por Coronavírus 2019 (COVID-19).

Indivíduos com diabetes mellitus (DM), hipertensão e obesidade grave (IMC ≥ 40 kg / m2) são mais propensos a serem infectados e apresentam maior risco de complicações e morte por COVID-19. Curiosamente, os indivíduos com diabetes possuem um risco aumentado para  Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e Síndrome Respiratória do Meio Leste (MERS (CDC, 2020).

Em estudo conduzido por Xiaobo Yang et al. (2020), o diabetes esteve presente dentre as comorbidades mais prevalentes em 32 pacientes não sobreviventes de um grupo de 52 pacientes da unidade de terapia intensiva no hospital de Wuhan Jin Yin-tan (Wuhan, China)  com COVID-19. No estudo de Xiaobo o diabetes foi prevalente em 22% dos casos. Outro estudo conduzido por Guan et al. (2020) o qual  incluiu 1099 pacientes com COVID-19 , o diabetes mellitus apareceu em 16,2% dos casos (175 pacientes). Em um terceiro estudo coordenado por Zhangg et al. (2020), de 140 pacientes que foram admitidos no hospital com COVID-19, 12%(17 pacientes) tinham diabetes. 

Notavelmente, dentre as comorbidades mais frequentes relatadas nesses três estudos de pacientes com COVID-19 o diabetes sempre esteve entre as 3 comorbidades mais frequentes.

Indivíduos com Diabetes têm maior chance de infecção pela covid-19?

A resposta é sim! É fato que níveis altos de glicose e o diabetes são preditores independentes de mortalidade em pacientes com SARS. Os mecanismos potenciais que podem aumentar a suscetibilidade a COVID-19 em pacientes com DM incluem: 

1) maior ligação celular por afinidade e entrada eficiente do vírus;

2) diminuição da depuração viral, ou eliminação do vírus;

3) diminuição da função das células T ou células de defesa imunológica;

4) aumento da suscetibilidade à hiperinflamação e tempestade de citocinas;

5) presença de doença cardiovascular (DCV).

Exercício como ferramenta do controle da glicemia e melhoria do sistema imunológico

De acordo com Associação Americana de Diabetes (ADA), a adoção e manutenção da atividade física como hábito são focos críticos para o gerenciamento da glicose no sangue e a saúde geral em indivíduos com diabetes e pré-diabetes. A atividade física inclui todo movimento que aumenta o gasto de energia, enquanto o exercício é planejado, ou seja, uma atividade física estruturada. O Exercício Físico melhora o controle da glicemia no diabetes tipo 2, reduz fatores de risco cardiovascular, contribui para a perda de peso e melhora o bem-estar.

A prática de exercício físico é determinante na prevenção do diabetes tipo 2 e no tratamento de todas as formas de diabetes mellitus (DM). Benefícios adicionais incluem a redução do risco cardiovascular, promoção do bem-estar e controle do peso corporal e da adiposidade. Ainda assim, constata-se que o exercício físico não vem sendo rotineiramente prescrito, tampouco orientado de maneira adequada, para o indivíduo com DM (SBD, 2020). 

Além disso, fatores como a resistência à prática do exercício, o receio das hipoglicemias e a incapacidade de gerenciar a terapia nutricional e farmacológica são algumas das restrições que afastam os indivíduos com diabetes da prática esportiva. Algumas estratégias podem aumentar a adesão e manutenção do exercício físico, como estabelecer metas específicas e usar ferramentas de automonitorização. Para isso segue o passo a passo para que o diabético realize o exercício físico com segurança e possa ter benefícios relacionados à sua condição:

  1. O primeiro passo é a consulta médica e acompanhamento regular por este profissional e consequente liberação para a prática segura do exercício físico.
  2. Após a liberação médica realize o exercício físico sob a supervisão de um profissional graduado em Educação Física e de preferência especialista em exercício físico para grupos especiais (diabéticos, obesos, etc.). O ideal é solicitar seu número de registro no Conselho Federal de Educação Física e sua especialização nesta área;
  3. Realize juntamente com o acompanhamento do profissional de Educação Física o acompanhamento com um profissional em Nutrição. 

Com a glicemia sob controle o risco dos diabéticos apresentarem complicações e vir a óbito diminui substancialmente. E o exercício físico combinado com o acompanhamento médico e nutricional são ferramentas de extrema importância para o diabético conseguir estabilizar sua glicemia em níveis seguros nestes tempos de pandemia por Covid-19 e também após a pandemia. Se cuide, vai passar!

Rua da Bahia, 317 – Centro – Pirapora – MG

Contato: (38) 99837-2792

Referências bibliográficas:

Yang X, Yu Y, Xu J. Clinicalcourseandoutcomesofcriticallyillpatientswith SARS-CoV-2 pneumonia in Wuhan, China: a single-centered, retrospective, observationalstudy. Lancet Respir Med. 2020 doi: 10.1016/S2213-2600(20)30079-5. Published online Feb 24.

Guan W, Ni Z, Hu Y. Clinicalcharacteristicsofcoronavirusdisease 2019 in China. N Engl J Med. 2020 doi: 10.1056/NEJMoa2002032. Published online Feb 28.

Zhang JJ, Dong X, Cao YY. Clinicalcharacteristicsof 140 patientsinfectedby SARS-CoV-2 in Wuhan, China. Allergy. 2020 doi: 10.1111/all.14238. published online Feb 19.

Centers for DiseaseControlandPrevention. National Diabetes StatisticsReport, 2020. Atlanta, GA: Centers for DiseaseControlandPrevention, US Departmentof Health andHuman Services, 2020.

Yang JK, Feng Y, Yuan MY, Yuan SY, Fu HJ, Wu BY, Sun GZ, Yang GR, Zhang XL, Wang L, Xu X, Xu XP, Chan JC. Plasma glucose levelsand diabetes are independentpredictors for mortalityandmorbidity in patientswith SARS. DiabetMed 23: 623–628, 2006.

Diabetes Care 2016 Nov; 39(11): 2065-2079.https://doi.org/10.2337/dc16-1728

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade Brasileira dediabetes. 2019-2020 Rio de Janeiro: 2020. Disponível em:https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/DIRETRIZES-COMPLETA-2019-2020.pdf

Diabetes Canada ClinicalPracticeGuidelines Expert Committee, Sigal RJ, Armstrong MJ, Bacon SL, Boulé NG, Dasgupta K, Kenny GP, Riddell MC. PhysicalActivityand Diabetes.Can J Diabetes. 2018 Apr;42 Suppl1:S54-S63. ói: 10.1016/j.jcjd.2017.10.008.

Importância do check-up anual da tireoide: TSH e T4 livre

A tireoide é uma glândula responsável por regular importantes órgãos como coração, cérebro, fígado e rins. Essa glândula em formato de borboleta produz os hormônios T3 (Tri-iodotironina) e T4 (tiroxina), responsáveis pela organização metabólica. Cansaço excessivo sem explicação, desânimo e insônia podem ser sinais de que a tireoide não está funcionando bem. Quando isso acontece, ela pode liberar hormônios em excesso, provocando o hipertireoidismo ou em quantidade insuficiente, o que provoca o hipotireoidismo.

A função da tireoide é controlada pela glândula hipófise, localizada no cérebro. A hipófise produz o hormônio TSH (hormônio tireoestimulante),  que regula a liberação dos hormônios tireoidianos. É o TSH que dá o comando para a tireoide aumentar ou diminuir a produção dos hormônios T4 e T3. 

Os hormônios T3 e T4 são transportados no sangue pela proteína TBG – globulina transportadora de tiroxina –  e só são ativos quando estão desligados da proteína de transporte, por isso que normalmente T4 livre e T3 livre são mais solicitados pelos médicos.

Hipertireoidismo

O hipertireoidismo se desenvolve quando há uma produção excessiva dos hormônios da tireóide,T3 e T4, com diminuição do TSH para poder compensar a liberação excessiva dos hormônios tireoidianos. O hipertireoidismo também pode ser provocado por doença auto-imune – Doença de Graves – que leva à produção de anticorpos que ao entrar em contato com receptores de TSH na tireoide super estimulam a produção de hormônios T4 e T3. A doença geralmente apresenta sintomas como:

– batimentos cardíacos acelerados, mais de 100 por minuto;

– nervosismo, ansiedade e irritação;

– mãos trêmulas e sudoreicas;

– perda de apetite e peso;

– queda de cabelo;

–  unhas descamadas;

– fraqueza nos músculos, especialmente nos braços e coxas;

– intestino solto;

– alterações menstruais;;

– perda de cálcio dos ossos, com aumento do risco de osteoporose e fraturas.

Exames  importantes a serem realizados na suspeita de hipertireoidismo:

– T4 livre

– TSH

– TRAB

Hipotireoidismo

O hipotireoidismo se desenvolve quando há uma queda na produção dos hormônios da tireóide (T3 e T4). A doença costuma apresentar sintomas como:

– sonolência diurna;

– intestino preso;

– pele seca;

– queda de cabelo;

– ganho de peso;

–  alterações menstruais;

– unhas quebradiças;

– alterações de humor;

– depressão

O hipotireoidismo pode ser causado por doenças auto-imunes que produzem anticorpos produzidos contra a tireoide e seus componentes ou, ainda, contra a proteína que transporta os hormônios no sangue.

Exames importantes a serem realizados na suspeita de hipotireoidismo:

– T4 livre

– TSH

– TPO, ac anti

– Tireoglobulina

– Tireoglobulina, ac anti

– TBG

Como prevenir problemas na tireoide?

Hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e rotina de exercícios físicos, são muito importantes para prevenir qualquer doença. Não seria diferente com a tireoide. Quando o assunto é alimentação, por exemplo, é imprescindível evitar o excesso de sal – principalmente pelo iodo que é adicionado ao sal.

Além disso, alguns estudos mencionam a importância do selênio à saúde da tireoide. Nesse sentido, vale a pena incluir a castanha-do-pará no seu cardápio. 

Check-up anual

Existem dois exames que devem ser realizados anualmente para avaliar a tireoide: TSH e T4 livre. Independentemente da idade. Os exames são usados na triagem e acompanhamento das alterações da tireoide. A partir de alterações nos valores de TSH e T4 livre seu médico irá solicitar exames complementares para descobrir a causa das alterações.

As mulheres e as pessoas com histórico na família ou que já fizeram cirurgia para retirada de nódulos na glândula precisam redobrar a atenção quando o assunto é saúde da tireoide. 

Quando não corretamente tratadas, essas disfunções podem comprometer a qualidade de vida, o bem-estar e a performance física e mental, além de elevar os níveis de colesterol e contribuir para o surgimento de problemas cardíacos.

Conte com o Gerardo Trindade para cuidar da sua saúde!

Receitinhas para celíacos

“O que  cozinhar ou como inovar na cozinha quando se é celíaco?” Você com certeza já deve ter feito essa nota mental ao receber o seu diagnóstico de intolerância ao glúten. O novo hábito alimentar precisa excluir todo e qualquer tipo de alimento que contenha essa proteína presente no trigo, no centeio e na cevada: farinha de trigo, macarrão, pão, bolos e biscoitos, cerveja. Ainda bem que existem inúmeras possibilidades e substituições, como a farinha de arroz arroz, de mandioca, de milho, o fubá, a fécula de batata, fécula de mandioca, polvilho doce e polvilho azedo. Selecionamos algumas receitas para comprovar que comida sem glúten também é gostosa, confira a seguir:

1 – Pãozinho integral sem glúten

Para comer no café da manhã ou da tarde!

Ingredientes

  • 3 colheres (sopa) de farinha de arroz
  • 3 colheres (sopa) de amido de milho
  • 1 colher (sopa) de fermento químico
  • 1 colher (sopa) de leite desnatado em pó
  • 1 colher (sopa) de linhaça dourada
  • 1/4 xícara (chá) de nozes e castanha do pará trituradas
  • 1 clara de ovo caipira
  • 100 mililitros de iogurte desnatado sem açúcar/adoçante
  • 100 mililitros de água mineral
  • 1 colher de óleo de coco

Modo de Preparo

Misture tudo em uma tigela, menos as castanhas, nozes e linhaça. Quando a massa ficar com consistência elástica (como puxa-puxa), adicione os demais ingredientes e misture. Coloque em uma forma de silicone ou untada com óleo de coco e leve ao forno pré-aquecido por 25 a 30 minutos a 180 graus. Prontinho!

2 – Couve-flor gratinada sem glúten

Para um almoço gostoso e saudável!

Ingredientes 

  • 1/2 unidade de cebola
  • 1 fio de azeite de oliva para refogar
  • 400 mililitros de leite vegetal
  • 1 colher (sopa) de requeijão light
  • 1 colher (chá) de amido de milho
  • 1 colher (chá) de açafrão-da-terra (ou cúrcuma)
  • 1/2 xícara (chá) de queijo parmesão
  • 1 punhado de cebolinha-verde picada
  • 1 cabeça de couve-flor cortada em buquês
  • sal a gosto

Modo de Preparo

Refogue a cebola em um fio de azeite. Acrescente ⅔  do leite na panela e, em seguida, o requeijão. Deixe ferver por uns 3 minutos. Dissolva no leite que sobrou o amido e a cúrcuma. Junte à panela. Acerte o sal e deixe engrossar. Por fim, adicione metade do queijo parmesão e a cebolinha picada. Em um refratário, disponha a couve-flor e cubra com o molho branco. Polvilhe o restante do queijo e asse em forno preaquecido a 200 graus por 20 minutos. Viu como é fácil?

3 – Espaguete de Legumes sem glúten 

Uma receitinha super fácil que você pode fazer no almoço ou jantar!

Ingredientes

  • 1 punhado de alho amassado (a gosto)
  • 1 cebola média picada em cubos
  • 2 unidades de tomate picados em cubos
  • 1/2 tomate (polpa orgânico)
  • 1 palmito pupunha grande cortado em fios
  • 4 porções de brócolis (floretes levemente cozidos)
  • 1 cenoura cortada em rodelas levemente cozidas
  • 1 abobrinha média cortada em tiras finas

Modo de Preparo

Doure o alho, metade da cebola e os tomates picadinhos em um fio de azeite. Coloque a polpa de tomate e deixe refogar com um pouco de água. Em outra panela, refogue alho e o restante da cebola no azeite. Coloque o palmito, refogue e coloque um pouco de água, se necessário. Acrescente o brócolis, a cenoura e a abobrinha, mexendo um pouco para refogar. Acerte o sal e coloque temperos a seu gosto (orégano, manjericão…). Coloque o molho de tomate por cima e sirva! Delícia!

4 – Escondidinho de batata doce e carne moída sem glúten

Prepare-se para uma receita fácil e saborosa pá-pum!

Ingredientes

  • 1/2 xícara (chá) de batata-doce com casca e cozida
  • 1 colher (sopa) de mostarda
  • 1 xícara (chá) de carne moída cozida (dica: patinho extra limpo tem pouca gordura!)
  •  sal rosa a gosto

Modo de Preparo

Amasse a batata com um garfo, e  misture-a com a mostarda e o sal. Coloque a carne moída no fundo do potinho e a batata-doce no topo. Leve ao forno ou microondas até aquecer.

5 – Pizzaoica sem glúten 

Já fez uma pizza de tapioca? Essa é a hora, hmmm…

Ingredientes

  • 1 ovo inteiro
  • 2 claras de ovo
  • 1 colher (sopa) de tapioca
  • 1 pitada de sal rosa do himalaia
  • 1 colher (chá) de azeite de oliva extravirgem

Modo de Preparo

Bata todos os ingredientes no mixer de mão ou no liquidificador. Leve à frigideira antiaderente em fogo baixo e vire quando um dos lados estiver durinho. Coloque a cobertura que quiser!

5 – Pão de queijo no microondas sem glúten

Quem não gosta de um bom pão de queijo, né?

Ingredientes

  • 1 ovo
  • 1 colher (sopa) de creme de ricota light (ou requeijão light)
  • 1 colher (sopa) de polvilho doce (ou azedo)
  • 1 colher (sopa) de queijo parmesão ralado
  • sal a gosto

Modo de Preparo

Misture o ovo com o creme de ricota até que fique um creme homogêneo. Acrescente o restante dos ingredientes e misture bem. Coloque em um tigela pequena e leve ao micro-ondas por 2 minutos e 30 segundos. Assim, pá-pum!

6 – Torta de chocolate sem glúten 

Não podia faltar um doce na nossa seleção, é claro. Por isso, essa torta ganhou um espaço dedicado a ela!

Ingredientes 

  • 1 xícara (chá) de farinha de coco
  • 1 xícara (chá) de farinha de amêndoa
  • 1 colher (sopa) de psyllium (opcional)
  • 1/4 xícara (chá) de açúcar de coco (ou demerara)
  • 4 colheres (sopa) de óleo de coco (ou ghee – manteiga clarificada)
  • 1/2 pote de iogurte grego natural (para o efeito marmorizado/opcional)
  • 1 1/2 colher (sopa) de ágar-ágar (ou kanten)
  • 1 1/2 xícara (chá) de leite de coco caseiro
  • 1 xícara (chá) de chocolate meio amargo picado
  • 1 xícara (chá) de biomassa de banana verde molinha
  • 1/4 xícara (chá) de açúcar de coco (ou demerara)
  • • Água quente (o suficiente para dar liga)

Modo de Preparo

Em uma tigela, misture os ingredientes secos. Junte o óleo (ou a ghee) e amasse com a ponta dos dedos. Acrescente a água aos poucos, até dar liga. Forre o fundo e as laterais de uma fôrma de aro removível. Leve para assar em forno preaquecido a 180 °C por 20 minutos. Cubra com o creme de chocolate. Faça uma espiral com o iogurte (opcional) e use um palito para o efeito marmorizado.

Para o creme de chocolate: ferva o ágar-ágar com ½  xícara do leite de coco. Reserve. Aqueça o restante do leite, junte o chocolate e mexa até derreter. Retire do fogo. Acrescente a biomassa e o açúcar. Bata com um fouet até obter uma massa lisa. Recheie a torta e leve à geladeira por duas horas! O tempo de espera vale a pena!

Gostou das receitinhas? Compartilhe com seus amigos e familiares! 

Se você ainda tem dúvidas de que é celíaco, confira esse post no nosso blog onde são explicados os tipos de marcadores usados para diagnóstico da doença. Conte com o Gerardo Trindade para cuidar da sua saúde!

Como lidar com a incerteza e o medo nesse momento de pandemia?

Não saber lidar com a incerteza pode nos causar problemas emocionais e também um forte mal-estar psicológico. Esse momento que estamos vivendo da COVID-19 pode gerar um alimento para nossas preocupações, medos e ansiedades, pois não é fácil lidar com as mudanças bruscas e com a imprevisibilidade que o momento de pandemia nos trouxe.

Esse momento, se não bem administrado, pode gerar não só ansiedade como angústia, impotência, incapacidade, procrastinação, sentimento de inutilidade ou mesmo uma depressão. Isso  porque o isolamento social  mal vivenciado pode causar solidão e possibilitar um vazio interno e, mais tarde, um quadro depressivo.  

O pessimismo nos impede de perceber novos cenários e soluções, por isso é preciso pensar diferente para aliviar o sentimento ruim causado pelo momento atual.  

É muito pessoal o nível de estresse que acomete cada pessoa, precisamos fazer coisas diferentes todos os dias e encontrar o que nos faz sentir melhor e aliviar nossa mente. No entanto, é preciso que cada um respeite o seu tempo de processar o que está acontecendo. 

Nesse momento estamos todos vulneráveis, pois passamos por uma brusca quebra de rotina. Vivemos hoje a incerteza relacionada às fontes de renda, o que causa um aumento do mal-estar já vivenciado por esta perda de controle e porque não sabemos quais serão as próximas cenas que iremos vivenciar. 

É preciso passar por esse momento de forma leve e buscar minimizar os efeitos da nova rotina,  tendo em mente que é uma situação temporária. Logo tudo isso vai passar!

Considero cinco dias muito valiosas para ter dias mais leves durante a COVID-19: 

1 – Controle o acesso de informação sobre o coronavírus: existem muitas informações falsas que podem gerar medo e a ansiedade;

2 – Autocuidado: deixe sua saúde mental em dia, faça coisas que você gosta e que são importantes para você dentro das suas possibilidades;

3 – Busque autoconhecimento, reveja seus valores e seus planos, reflita sobre você como pessoa;

4 – Organize seu tempo para não perder o seu propósito: a sensação de utilidade nos traz felicidade. Nada como chegar ao fim do dia com orgulho de ter produzido o seu melhor, dentro do possível, é claro;

5 – Cuide do seu corpo e da sua imunidade: faça exercícios físicos pelos benefícios não apenas para o seu corpo, mas também para sua mente. Beba bastante água, alimente-se bem para reforçar o seu sistema imunológico e obter mais resistência, mantendo a saúde e, consequentemente, sendo menos vulnerável a doença. 

É importante reforçar que está tudo bem você não conseguir ser produtivo todos os dias. Nesse momento pode, sim, haver dias não muito bons, mas o importante é você ficar bem com você mesmo e não se cobrar tanto. A incerteza que vivemos  precisa nos estimular com perspectivas otimistas para o amanhã, pois o hoje é uma fonte inesgotável de possibilidades para dias melhores! Além disso, esse momento de pandemia será uma grande oportunidade para pensar e repensar que depois “dessa” seremos todos mais evoluídos!