Mês: dezembro 2017

Precisamos falar sobre a dengue

Reprodução: Ministério da Saúde

Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue é uma doença viral que se espalha rapidamente no mundo. Nos últimos 50 anos, a incidência aumentou 30 vezes, com ampliação da expansão geográfica para novos países e, na presente década, para pequenas cidades e áreas rurais. É estimado que 50 milhões de infecções por dengue ocorram anualmente e que aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas morem em países onde a dengue é endêmica.

Na região das Américas, a doença tem se disseminado com surtos cíclicos ocorrendo a cada 3/5 anos. No Brasil, a transmissão vem ocorrendo de forma continuada desde 1986, intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas com a introdução de novos sorotipos em áreas anteriormente indenes ou alteração do sorotipo predominante. O maior surto no Brasil ocorreu em 2013, com aproximadamente 2 milhões de casos notificados. Atualmente, circulam no país os quatro sorotipos da doença.

Quem é infectado fica imunizado contra aquele determinado sorotipo, podendo contrair a doença se contaminado pelos outros três. A segunda infecção pela doença tende a ser mais grave. A Dengvaxia® oferece proteção contra os quatro sorotipos. Assim, a vacina tomada por quem já teve dengue reduziria a chance de uma segunda infecção. Após a divulgação dos estudos, as Filipinas também pediram um levantamento sobre a imunização de mais de 730.000 crianças com a vacina que foi suspensa.

Segundo a Anvisa, a vacina continua sendo recomendada para quem já teve dengue alguma vez na vida e está dentro da faixa etária para a qual ela é indicada. Os estudos indicam que para esse grupo não ocorre aumento do risco de dengue grave e hospitalizações.

O que mudou na indicação da vacina? A vacina era indicada para pessoas entre 9 e 45 anos, e sabia-se que a imunização era maior entre as pessoas que já tinham tido um tipo da doença. Com os novos estudos, agora a vacina é contraindicada para quem nunca foi contaminado por um dos quatro sorotipos da dengue, por causa do risco de desenvolver a dengue de maneira grave em caso de contaminação.

Para combater o mosquito da dengue e evitar a sua picada, existem alguns cuidados que podem fazer toda a diferença, como:

  • Manter as garrafas vazias ou baldes virados para baixo;
  • Não deixar entulho no quintal ou nas ruas e varrer diariamente a água parada;
  • Cobrir as caixas d’água, poços ou piscinas e manter as calhas de água limpas;
  • Colocar terra ou areia nos pratos dos vasos das plantas;
  • Manter a lata de lixo devidamente tampada;
  • Materiais recicláveis como latas de refrigerantes, copo plástico, garrafas, embalagens de papelão, por exemplo, devem ser guardadas em local coberto até ser entregue para reciclagem;
  • Guardar pneus em locais cobertos, longe da chuva. Faça furos na parte de baixo ou entregue no serviço de limpeza;
  • Tampar os ralos pouco usados com um plástico, jogando água sanitária no cano 2 vezes por semana;
  • Lavar com bucha os bebedouros de cães, gatos e passarinhos e manter o aquário limpo e fechado, também;
  • Colocar telas de proteção nas janelas e mosquiteiros na cama para dormir.

Afinal para que serve o exame de urina?

A urina é uma das principais vias de excreção do corpo humano, e suas características podem refletir a condição de diferentes sistemas e do estado fisiológico do organismo, além de ser um marcador importante para diversas doenças e ter relação direta com a condição dos rins.

Por isso, o exame de urina não serve apenas para diagnosticar e acompanhar doenças renais, e sim para identificar inúmeras alterações corporais que causam alteração na urina.

  • Cor da urina: urina saudável tem coloração entre amarelo citrino e ouro, e alterações podem indicar doenças;
  • Odor: odores mais fortes podem estar relacionados com infecções urinárias ou liberação de glicose ou outras substâncias na urina;
  • Aspecto: a urina saudável é límpida. Urina turva já indica alguma alteração.

Existem diferentes tipos de exames de urina que são solicitados de acordo com o paciente e com a intenção diagnóstica do médico.

O exame mais simples é a urina tipo I, também chamada de EAS (elementos anormais do sedimento) ou urina rotina. Ele identifica presença de nitrito, proteínas, urobilinogênio, glicose, cetonas, leucócitos, sangue, bilirrubina e a densidade urinária. Este exame é feito, geralmente, em uma amostra da primeira urina do dia, que é mais concentrada e permite uma detecção mais apurada de alguma alteração na urina.

Alguns outros exames de urina necessitam que a urina seja coletada por 24 horas e servem para avaliar a quantidade que o organismo está eliminando de determinadas substâncias: creatinina, ureia, proteínas, citrato. ácido úrico, entre outras.

O último tipo de exame de urina é a cultura de urina, ou urocultura. É solicitada quando há suspeita de infecção urinária, e serve para a identificação da bactéria causadora da infecção e identificação do antibiótico correto para o tratamento.

Além das infecções urinárias, o exame de urina pode ajudar a descobrir diversas várias doenças, como a litíase renal (pedra nos rins); diabetes; insuficiência renal; incontinência urinária; eclâmpsia em gestantes; câncer de próstata e de bexiga.

É muito importante lembrar que o exame de urina será um exame complementar, e outros exames são necessários para fechar o diagnóstico.

O exame de urina é um exame prático e simples de ser realizado, e que tem grande importância na avaliação de saúde. O ideal é que seja feito pelo menos uma vez por ano, como exame de triagem.
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O Sol não tira férias


Férias é bom para todo mundo – exceto quando elas viram um grande transtorno. Alguns cuidados ajudam a evitar que o bronzeado dos sonhos vire uma insolação, entre outros problemas que podem estragar a temporada. Este ano, tem uma novidade: o repelente vai ser tão importante quanto o protetor solar. A atenção deve ser redobrada para quem viaja para o Sudeste e o Nordeste, as regiões com maior número de casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

O dermatologista Erasmo Tokarski dá algumas orientações sobre o assunto. “O correto é passar primeiro o protetor solar, esperar uns 15 minutos para ele secar, e depois aplicar o repelente.” É essencial utilizar produtos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e seguir as instruções do rótulo. “Geralmente, os produtos devem ser aplicados, no máximo, três vezes ao dia. Caso contrário, eles podem provocar algum efeito indesejado, como uma intoxicação leve”, alerta.

Tokarski também explica que não é necessário utilizar repelente em todo o corpo. “Tem gente que exagera e usa até embaixo da roupa, mas só precisa nas áreas expostas. E, principalmente, durante o dia, quando o mosquito está mais ativo.” A única restrição é para menores de seis meses. “Nessa idade, os bebês são muito sensíveis. Depois disso, a criança pode usar repelente, mas sempre com orientação do pediatra, que vai indicar o produto para cada caso. Os repelentes para crianças tem uma concentração menor de químicos.”

Precaução com os olhos

Outra orientação importante é lembrada pelo oftalmologista José Rodrigues, do Instituto de Saúde Ocular do DF (Isovisão). “O repelente não deve ser aplicado próximos aos olhos e partes sensíveis de modo geral, para evitar irritações e outras reações adversas. É por esse mesmo motivo que se evita passar repelente nas mãos das crianças, porque elas podem levá-las à boca, por exemplo.”

O oftalmologista também afirma que é preciso ter uma precaução extra com a conjuntivite. “É uma inflamação que já costuma ser mais frequente no verão, porque o calor e a umidade facilitam a proliferação de vírus e bactérias.

O tratamento exige cuidados especiais com a higiene, como não compartilhar rímel e toalhas, e evitar piscinas, que podem ter água contaminada, além do cloro ser irritante. “E nunca se automedicar. Muitas pessoas não levam os colírios à sério, mas eles são medicamentos como quaisquer outros, contendo muitas substâncias que precisam de orientação médica, como antibióticos. Usar um colírio errado pode até piorar a situação”, orienta Rodrigues.

Quem usa lentes de contato precisa ter cuidado redobrado com a limpeza e não abrir os olhos debaixo d’água. “Mas o ideal é retirar as lentes antes de ir à praia ou ao clube ou usar um óculos de mergulho. E não levar às mãos aos olhos, pois elas podem estar sujas”, recomenda o oftalmologista.

Cuidados clássicos

Os óculos de sol são os fiéis companheiros da temporada. A exposição excessiva à radiação solar provoca lesões oculares e tem um efeito cumulativo, facilitando o desenvolvimento de catarata, pterígio (tecido carnoso que cresce sob a córnea), fotoceratite (lesão na córnea provocada pelo ressecamento lacrimal), entre outros problemas.

Mas não adianta adquirir um modelo pirata. “Se os óculos forem falsificados, eles não vão ter a tecnologia de proteção contra os raios ultravioleta (UV). A lente escura faz com que a pupila se dilate e entrem ainda mais raios nocivos. A pessoa fica com a falsa sensação de que está protegida, mas, na verdade, está aumentando o dano aos olhos”, alerta Rodrigues.

O oftalmologista ressalta que ninguém deve abdicar dos óculos de sol, mesmo quem utiliza lentes de contato com proteção UV. “Elas são apenas um complemento, assim como os chapéus. Os óculos são indispensáveis, inclusive para as crianças. É comum os pais se esquecerem de também comprar modelos infantis.”

Já para a pele, o protetor solar é o aliado número um, ajudando a evitar condições como o envelhecimento precoce e o câncer. No curto prazo, o problema mais comum das férias são as queimaduras, seja devido à insolação ou outras causas, como o contato com águas vivas. “Existem muitas receitas caseiras para aliviar a ardência, mas elas podem acabar piorando a saúde da pele. O melhor é colocar apenas uma compressa de água fria e ir imediatamente ao médico, que vai indicar o tratamento correto”, afirma o dermatologista Erasmo Tokarski.

Ele também lembra de outro risco. “Sob a luz do sol, as frutas cítricas provocam manchas na pele. Mas é só ter cuidado, verificar se respingou e, se for necessário, lavar com água. Afinal, é muito bom curtir a praia com uma caipirinha ou um peixe com limão”, aconselha.

Fonte:  Jornal de Brasília.

 

A importância do check-up


O famoso ditado popular já nos diz: “Prevenir é melhor do que remediar.” O que faz todo o sentido, principalmente no final de um ano e começo de outro. Nesta época há muitas comemorações e confraternizações, a ocasião perfeita para realizar um check-up e aproveitar cada momento especial com tranquilidade, sem preocupações. Além disso, começar uma nova etapa da vida com saúde é muito importante para você concluir seus planos!

Alguns exames são importantes para verificar como está sua saúde nessa época do ano. Será que você pode comer sem culpa aquele leitão assado delicioso que sua mãe prepara? Vamos saber?

– Colesterol total e frações + triglicérides: estes exames vão avaliar como está a taxa de gorduras no seu sangue, se você precisa fazer alguma alteração na sua rotina de alimentação e exercícios ou se pode comer as comidinhas de fim de ano sem culpa!

– Glicemia de jejum: este exame avalia o nível de glicose – açúcar – no seu sangue. Glicose acima do normal pode causar danos aos rins e aos olhos, por exemplo. Se sua glicose estiver alterada, seu médico vai lhe ajudar no controle da mesma. Às vezes, somente mudança na alimentação e realização de exercícios já é suficiente para regularizar a taxa de glicose no sangue.

– Hemograma: um exame rápido e que dá muitas pistas sobre sua saúde! O hemograma é um exame de triagem. Dependendo das alterações apontadas pelo exame, seu médico irá lhe pedir outros exames complementares. O hemograma é útil para detectar anemias e infecções, principalmente.

– Urina rotina: alterações no exame de urina rotina – que é um exame de triagem – informam claramente qualquer problema  nos seus rins.

– Uréia e creatinina: juntamente com o exame de urina rotina, avaliam a função renal, que pode se alterar em pacientes hipertensos e diabéticos.

– TGO, TGP e GGT: enzimas presentes no fígado. Qualquer alteração no fígado eleva a taxa dessas enzimas e sua alteração serve de alerta para pesquisar a causa do problema.

– Pesquisa de sangue oculto nas fezes: este exame acusa a presença de quantidade de sangue invisível a olho nu. O sangue nas fezes pode ser sinal de alguma doença mais séria. Um exame simples, que pode prevenir agravamento de doenças tratáveis.

– TSH e T4 livre: estes dois exames quando feitos em conjunto dão um panorama do funcionamento da tireoide.

Além dos exames laboratoriais do check-up anual, algumas atitudes são fundamentais para você manter sua saúde em dia:

–  Aferir a pressão arterial: procurar mantê-la dentro dos limites estabelecidos para a faixa etária.

– Controlar o peso: a obesidade deve ser controlada, pois aumenta o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de câncer, entre outras doenças.

– Cuidar da alimentação: procure escolher alimentos com menos teor de sal e gordura; dê preferência aos alimentos integrais e menos processados.

– Fazer exercícios: o exercício ajuda na manutenção do peso e da massa muscular. A realização de exercícios com regularidade ajuda a ter um envelhecimento saudável, já que previne o surgimento e minimiza várias doenças.

– Não fumar: o cigarro aumenta o risco do surgimento de vários tipos de câncer, além de causar envelhecimento precoce.

–  Manter a vacinação em dia: várias doenças podem ser evitadas com uma única dose de vacina.

– Beber bastante água: a água, presente no sangue, é responsável por levar os nutrientes a todas as células do corpo. A desidratação pode levar a várias doenças perfeitamente evitáveis e sérias, como doenças renais.

– Evitar a exposição ao sol no horário entre 10h e 16h: nesse horário, os raios solares estão muito intensos e podem levar a um câncer de pele. Atenção às pintas e manchas na pele: qualquer modificação nas mesmas, procure um dermatologista para avaliar.

– Usar camisinha: a camisinha é importante para evitar várias doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como a sífilis, a AIDS, a gonorréia, HPV e herpes, entre outras. O HPV, por exemplo, pode causar lesões que, se não tratadas a tempo, podem evoluir para um câncer.

– Fazer uma consulta ao oftalmologista anualmente: alguns problemas visuais, se detectados precocemente, não causam maiores transtornos. Nas crianças, por exemplo, a dificuldade de enxergar bem pode levar a déficit no aprendizado. Já em adultos, várias doenças oculares que podem levar à perda da visão, são tratáveis quando descobertas precocemente.

– Para os homens: consultar um urologista anualmente, a partir dos 40 anos. Ele vai lhe ajudar na prevenção do câncer de próstata.

– Para as mulheres: anualmente, ir ao ginecologista para fazer exame preventivo de câncer de colo de útero e avaliar as mamas. Para algumas mulheres, também é indicado a realização de mamografia anualmente.