Categoria: Hanseníase

Hanseníase: conhecer para combater

Durante o mês de Janeiro, também chamado de “Janeiro Roxo”, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), junto com o Departamento de Hanseníase e a Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), promovem campanhas e ações educativas para a população, reforçando o compromisso em controlar a doença, oferecendo diagnóstico e tratamento corretos.

As campanhas têm o objetivo de chamar a atenção da sociedade e das autoridades de saúde sobre a importância da prevenção e do tratamento adequado, além de difundir informações e desfazer preconceitos que tanto prejudicam o diagnóstico precoce da doença. Após perceber os sintomas, é importante que se busque o tratamento adequado, oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

AFINAL, O QUE É HANSENÍASE?

A hanseníase, que um dia já foi chamada de lepra, está entre as doenças ditas negligenciadas, que acometem as populações mais pobres do planeta. A Índia ocupa o primeiro lugar em números de casos, mas o Brasil vem logo atrás, na segunda posição. 

A imagem negativa da doença remonta aos tempos bíblicos, quando ela causava incapacidades físicas estigmatizantes. Porém, essa visão não corresponde à realidade atual, onde já existe tratamento eficaz e cura.

COMO SE PEGA?

É uma infecção causada pela bactéria Mycobacterium leprae. O contágio ocorre por meio de convivência muito próxima e prolongada com o doente da forma transmissora (multibacilar), que não se encontra em tratamento, por contato com gotículas de saliva ou secreções do nariz. Tocar a pele do paciente não transmite a hanseníase. Cerca de 90% da população tem defesa contra a doença, assim poucas pessoas que entram em contato com indivíduos não tratados, de fato, adoecem. 

O tempo entre a aquisição da doença e da manifestação dos sintomas, pode variar de 6 meses a 5 anos. A maneira como a hanseníase se manifesta varia de acordo com a genética de cada pessoa. 

A doença atinge principalmente a pele e os nervos periféricos. Podem surgir manchas brancas, avermelhadas ou acobreadas que podem se elevar, além de caroços. A principal característica das lesões é a diminuição de sensibilidade ao calor, ao frio e à dor. Podem também, ocorrer formigamentos e diminuição de força em mãos e pés.

COMO É REALIZADO O TRATAMENTO?

O tratamento é gratuito e realizado pelo SUS em todo território nacional, podendo durar de 6 a 12 meses. Após o início da terapia, não é necessária nenhuma medida higiênica ou de isolamento domiciliar, como separação de talheres, etc. 

A hanseníase tem cura e quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, menor o risco de sequelas. É importante ficar atento aos sinais e sintomas e procurar assistência médica o mais rápido possível. 

Imagem: como não se pega hanseníase

Hanseníase: que mancha é essa?

A hanseníase é uma doença com um poder incapacitante, porque quem a tem sofre com a discriminação e o estigma da população. A infecção, que ocorre pelo Micobacterium leprae, pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade, mas é necessário um longo período de exposição à bactéria que é transmitida por contato com gotículas de saliva ou secreções do nariz.

A doença atinge principalmente a pele e os nervos periféricos, com capacidade de ocasionar lesões neurais. Os sintomas geralmente são: manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que pode ser sentida nas extremidades do corpo: mãos, pés, orelha e nas pernas; regiões com diminuição de pelos e suor; sensação de formigamento, fisgadas ou choque ao longo dos braços e pernas; inchaço de mãos e pés; nódulos (caroços) no corpo; entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz ou dos olhos; febre, edemas e dor nas articulações.

Reprodução: Ministério da Saúde

Reprodução: Ministério da Saúde

Segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) ter hábitos saudáveis, alimentação adequada, evitar o álcool e praticar atividade física associada a condições de higiene, contribuem para dificultar o surgimento da doença. O diagnóstico precoce e o tratamento  adequado, assim como o exame clínico e a indicação de vacina BCG, são cuidados importantes para melhorar a resposta imunológica dos contatos do paciente. Desta forma, a cadeia de transmissão da doença pode ser interrompida.

Em crianças, o diagnóstico da hanseníase exige uma avaliação mais cuidadosa, diante da dificuldade de aplicação e interpretação dos testes de sensibilidade. Além disso, pode sinalizar a transmissão ativa da doença, principalmente entre os familiares.

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