Mês: janeiro 2018

Verão: cuidados que fazem a diferença

No verão é normal aproveitar o tempo de descanso para passar mais tempo ao ar livre, não é? Mas, nessa época, a radiação solar incide de forma mais intensidade sobre a Terra, aumentando o risco de queimaduras, câncer da pele e outras alterações. Por isso, o uso de protetor solar é essencial.

Que tal aproveitar a estação mais quente e animada do ano sem colocar a saúde em risco? Aproveite as dicas da Sociedade Brasileira de Dermatologia!

Além do filtro solar, que não só deve ser usado em dias de sol, durante o verão é
importante usar chapéu ou boné e roupas de algodão nas atividades ao ar livre, pois retêm cerca de 90% das radiação UV. O que não ocorre com outros tecidos, como o nylon, que protege apenas 30%.

As barracas usadas na praia devem ser feitas de algodão ou lona, materiais que absorvem 50% da radiação UV. Outro objeto que tem extrema importância são os óculos de sol, que previnem cataratas e lesões. A melhor forma de prevenir é diminuindo ao máximo a exposição desnecessária.

Procure áreas de sombra e evite a exposição solar entre 10h e 16h (horário de verão), pois nesse horário a incidência e a radiação estão mais fortes.

Quanto ao uso de filtro solar: deve ser aplicado diariamente, e não somente nos momentos de lazer. A recomendação é utilizar um produto com FPS 30 ou superior e um PPD acima de 10, ideal para uma exposição mais prolongada ao sol, na praia, piscina, cachoeira, etc.

Os produtos devem ter proteção contra os raios UVA (indicado pelo PPD) e contra os raios UVB (indicado pelo FPS). O mais indicado é que se aplique o produto 30 minutos antes da exposição solar, para que a pele o absorva e que se reaplique a cada duas horas.

É necessário que os pais digam para as crianças a importância de se utilizar filtro solar, e a melhor maneira de mostrar isso é dando o exemplo. Afinal, 75% da radiação acumulada durante toda a vida ocorre na faixa entre 0 e 20 anos. Uma simples conversa pode fazer toda a diferença.

Pessoas de pele negra têm uma proteção natural da pele, já que produzem uma quantidade muito maior de melanina, mas não podem esquecer do protetor. Dessa forma, também precisam usar filtro solar, roupas e acessórios apropriados diariamente.

Cuide do seu corpo, hidrate-se! Aumentar a sua ingestão de líquidos no verão, consumindo bastante água, suco de frutas e da água de coco é uma boa pedida. Além disso, alguns alimentos podem ajudar na prevenção dos danos que o sol causa à pele: cenoura, abóbora, mamão, maçã e beterraba, são alguns deles. Esses alimentos contêm carotenóide, que se deposita na pele e auxilia na proteção pois
retém as radiações ultravioletas. Esta substância é encontrada nas frutas e legumes de cor alaranjada ou vermelha.

Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia

Está curtindo as férias?

Altas temperaturas demandam programação para que as férias sejam agradáveis e sem problemas evitáveis.

O Brasil, por ser um país tropical, tem temperaturas altas no verão. Em algumas regiões, a sensação térmica ultrapassa os 40 graus. Esse clima demanda cuidados para evitar problemas de saúde, principalmente em viagens. A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) orienta sobre como a população pode preveni-los e aproveitar a época de descanso com tranquilidade.

“Pesquise antes do início da viagem serviços médicos que poderão ser procurados em emergência. Caso faça uso de medicamentos para enjoo, diarreia, dores musculares, dores de cabeça, ter atenção quanto ao uso descrito na bula. Um kit de primeiros socorros pode ser providenciado com material para curativos, remédios para dor e febre (de preferência que já tenham sido usados previamente), antialérgicos para quem costuma ter alergias, algum medicamento para enjoos, além dos medicamentos de uso habitual de cada pessoa em quantidade suficiente para não faltar durante a viagem (remédios para pressão alta, diabetes, asma, etc.)”, explica Rodrigo Lima, médico de família e diretor de comunicação da
SBMFC.

Para quem não tem problemas de saúde que necessitam de acompanhamento médico periódico e irá fazer uma viagem sem maiores exigências físicas, não há necessidade de fazer qualquer consulta. Se a viagem vai envolver algum esforço maior (caminhadas prolongadas, trilhas, etc.) e esse esforço não faz parte da rotina, vale se preparar adequadamente antes. Lima recomenda que é importante seguir as orientações dadas por seu(sua) médico(a) de confiança e checar sobre interações dos seus medicamentos de uso habitual com outras substâncias. Pode acontecer de haver uma reação entre um medicamento e um alimento, por exemplo.

Manter-se hidratado, enquanto ingere bebida alcoólica, copos de água alternados, e
alimentado também com cuidado pra não exagerar.

Atividade física – Onde praticar?

Em qualquer lugar que seja seguro, sempre que possível, com cuidado para não cometer excessos que podem provocar lesões das articulações e músculos.

“O sedentarismo é um dos principais fatores de risco para as doenças crônicas mais
frequentes, como hipertensão, diabetes, vários tipos de câncer, etc. Para deixar de ser sedentário não é preciso muita coisa: caminhadas diárias no quarteirão de casa, descer do ônibus um ponto antes do habitual para caminhar um pouco mais, subir escadas no prédio em vez de usar o elevador. Se puder iniciar uma atividade mais organizada como musculação, corridas, natação, ginástica, melhor ainda. A época de férias é uma boa oportunidade de início para a prática, sempre sem esquecer da hidratação, mais importante em períodos de calor”, orienta.

Filtro solar

Cada pele tem o protetor específico. Os protetores solares são classificados por seu FPS – Fator de Proteção Solar. Quanto mais clara a pele, maior deverá ser o FPS do protetor solar. Importante lembrar que o protetor deve ser aplicado cerca de meia hora antes da exposição solar, e que após transpirar muito ou se molhar a pessoa deverá reaplicar o produto. Também está indicada a reaplicação a cada duas horas.

Repelente

“Passe o filtro na pele e espere ser absorvido. O repelente pode ser aplicado, no máximo, três vezes ao dia, dependendo da exposição e também suor. Evite o uso excessivo, pois o produto tem substâncias tóxicas, que podem causar danos à saúde e antes de dormir, tomar banho com sabonete para que o produto seja eliminado da pele. Em casos de ferida e machucado, não é indicado utilizar o produto, principalmente se estiver aberta, pois a substância pode agravar o estado e atrasar a cicatrização”, conclui o médico de família.

Fonte: Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade

O mergulho perfeito

Praias, lagos, represas e piscinas são locais muito procurados nas férias de verão, afinal nada como se refrescar, né? Alguns cuidados, porém, devem ser tomados para que a diversão aconteça sem sustos. Alguns locais reservam algumas surpresas desagradáveis, como águas rasas, pedras e até mesmo bordas escorregadias. Por isso, algumas dicas são super importantes pra você aproveitar tranquilamente.

Primeiramente, é necessário que haja profundidade na água para que o corpo ganhe espaço para concluir o movimento de dar braçadas (ou pernadas) e subir mais adiante.

Além disso, é fundamental que não haja obstáculos sob a água, como pedras e bancos de areia, que se deslocam de forma imprevisível, ou seja, se em um dia não há nada embaixo da água, no dia seguinte pode haver.

Grande parte dos acidentes ocorrem por falta de conhecimento do local ou por ignorar regras básicas, como os avisos e alertas de segurança. Fique atento a algumas dicas de especialistas:

– É muito importante tomar cuidado ao mergulhar em águas desconhecidas, pois podem guardar surpresas desagradáveis;

– ao mergulhar em cachoeiras, observe se está mergulhando em água com mais que o dobro de sua altura;

– evite entrar na água ou mergulhar se tiver consumido bebidas alcóolicas;

– evite participar ou permitir brincadeiras quando estiver nadando ou mergulhando;

– ao mergulhar, sempre que possível, estenda os braços ao lado da cabeça para protegê-la.

– evite saltar de lugares muito altos ou fazer “saltos ornamentais”.

Curtir o verão em segurança é tudo que precisamos para acalmar os ânimos e nos render ao descanso, não é mesmo?

Gripes, resfriados e viroses

Apesar de serem doenças distintas, gripe e resfriado são frequentemente confundidos. Além disso, o termo “virose” também é comumente empregado pelos médicos, o que pode confundir ainda mais os pacientes, que podem reagir com descrédito (desnecessário) diante deste diagnóstico.

O resfriado pode ser provocado por diferentes vírus respiratórios (rinovírus, adenovírus, parainfluenza e até mesmo o vírus influenza, entre outros) e se caracteriza por apresentar, predominantemente, sintomas de vias aéreas superiores, como coriza, obstrução nasal, prurido nasal, dor de garganta, conjuntivite, podendo ocorrer tosse. Os pacientes apresentam pouca ou nenhuma febre ou comprometimento do estado geral.

A gripe é provocada exclusivamente pelo vírus influenza e, além de apresentar os sintomas de vias aéreas superiores (nariz, garganta) e inferiores (brônquios e pulmões) em maior intensidade que o resfriado, caracteriza-se por maior comprometimento do estado geral e febre.

“Virose é qualquer infecção causada por vírus”. Ou seja, este termo engloba a gripe, os resfriados e outras infecções virais. As infecções agudas das vias aéreas são causadas por vírus de vários tipos ou por bactérias. Frequentemente, descobrir qual é o vírus que está causando os sintomas não é tarefa simples, e os exames para este fim são demorados e caros. Além disso, as infecções causadas por vírus são tratadas de forma semelhante, independente de qual vírus seja. Por este motivo, após descartarem que a infecção seja causada por bactérias, os médicos costumam utilizar o termo virose, sendo isto suficiente para orientar o tratamento sintomático adequado e com segurança.

Ocasionalmente, ocorrem surtos de viroses específicas como a dengue ou gripe H1N1 (“suína”). Se o médico suspeitar dessas viroses, poderá solicitar pesquisa sorológica sanguínea, devido sua maior gravidade e maior chance de complicações ao longo da doença.

Sintomas da Gripe

A gripe tipicamente se caracteriza por ser um quadro febril de início súbito. A febre, que usualmente é o sintoma mais importante, pode ser elevada e costuma ser acompanhada de calafrios, dor muscular (principalmente em pernas e região lombar), dor de cabeça e prostração; ocasionalmente pode ocorrer artralgia (dor nas articulações). Posteriormente, surgem os sintomas respiratórios, tais como, tosse, dor de garganta e congestão nasal. Frequentemente há queixa de dor e/ou de irritação ocular e fotofobia. Caracteristicamente, os sintomas duram cerca de dois a cinco dias, apesar de que em alguns casos a febre pode persistir por uma semana.

Uma minoria de pacientes, principalmente os idosos, pode desenvolver um quadro de adinamia (fraqueza muscular) intensa, que persiste por semanas após o quadro gripal (astenia pós-influenza – diminuição da força física). Não existe uma explicação convincente para este comportamento. É importante destacar que a infecção pelo vírus influenza pode ser mais branda e se manifestar apenas como um resfriado comum.

Quais os sinais de alarme para uma possível infecção bacteriana ou viral grave?

As viroses costumam acabar no período de uma semana, mas as infecções de origem bacteriana, que têm sintomas similares, demandam tratamento com antibióticos. Convulsões, secreção amarelada, dor torácica, dificuldade para respirar ou o retorno da febre após ter regredido podem ser indicativos de infecção bacteriana.. Prostração intensa, tontura ao levantar-se, diminuição do volume urinário e urina concentrada (fortemente amarelada) são sinais de desidratação e maior gravidade, devendo receber rápida assistência médica.

Tratamento do resfriado, gripe e viroses respiratórias

As infecções virais são auto-limitadas, ou seja, têm cura espontânea após cerca de 4 a 7 dias, mesmo sem a utilização de qualquer medicamento. Entretanto, algumas medidas podem reduzir as chances de complicações ao longo da doença, além de oferecerem maior conforto e alívio dos sintomas.

O principal é garantir uma boa hidratação. Isso irá fortalecer a imunidade contra a infecção e fluidificar as secreções. Deve-se evitar esforço físico, mas permanecer deitado durante períodos prolongados pode acumular secreção no pulmão.

Deve-se usar analgésicos e antitérmicos, com recomendação para evitar o ácido acetilsalicílico e dar preferência ao paracetamol e à dipirona, se tiver febre e dor. Pode ser indicado o uso de descongestionantes nasais para afastar o desconforto do nariz obstruído, além de auxiliar na eliminação da secreção nasal, reduzindo a chance de complicar com sinusite aguda.

O uso de xaropes para tosse costuma não ser tão eficaz quanto imaginado pelos doentes. Não deve ser utilizado por todos os doentes com tosse, e sim para alguns casos específicos. Inalações com broncodilatadores podem também ser prescritas auxiliando a eliminação de secreção brônquica em alguns casos.

Por que não devemos usar antibióticos para tratar gripe, resfriados e viroses?

Cuidado com o uso indiscriminado de antibióticos: eles não surtem efeito em viroses e podem causar efeitos colaterais, como reações alérgicas, além disso, o uso desnecessário de antibióticos altera a flora bacteriana normal do indivíduo, propiciando infecções. Para a saúde coletiva, representa o desenvolvimento de germes cada vez mais virulentos devido à resistência em relação aos remédios.

Fonte:  www.pneumo.com.br, Dr. Marcelo Jorge de Souza.

Sexagem Fetal

Quais papais e mamães não ficam curiosíssimos para saber o sexo do bebê assim que o teste aponta que estão “grávidos”? O prazer de poder já chamar o pequenino da barriga pelo nome, escolher as roupinhas adequadas, ou até mesmo decorar o quarto de acordo com o sexo do bebê , são desejos de quase todos os pais.

O que acontece, na maioria das vezes, é que papai e mamãe tem que esperar até mais ou menos a décima terceira semana de gestação para realizar uma ultrassonografia e, assim, saber o sexo do bebê. E tem ainda o risco do bebê ser muito “tímido” ou “travesso” ficando de perninhas fechadas, dificultando a visualização do sexo na ultrassonografia.

Para os papais e mamães mais ansiosos, já existe um exame realizado a partir da décima semana que aponta o sexo do bebê com quase 100% de acerto. Esse exame chama-se Sexagem Fetal e não é um exame invasivo.

A sexagem fetal é feita pela amostra de sangue da mamãe. Não precisa de jejum e nem de preparação anterior ao exame. Retira-se mais ou menos 20 ml de sangue da mamãe, através do qual é analisado o DNA do feto. No plasma materno existe DNA do feto transferido pela placenta, é esse DNA que é analisado para saber se existe ou não o cromossomo Y.

A mulher tem dois cromossomos sexuais X e o homem tem um cromossomo X e um Y. Se no DNA do feto for encontrado um cromossomo Y pode-se dizer que será um menino. Se não houver esse cromossomo, será uma menina.

No caso de gêmeos, o resultado positivo para “Y” significa que ao menos um dos gêmeos será menino. Se o resultado der ausência de cromossomo “Y” pode-se dizer que ambas são meninas.

A Sexagem Fetal tem quase 100% de acerto se for realizado a partir da décima semana gestacional. Antes há maior risco de erro. Um cuidado importante para que não haja erro no exame é que a pessoa que irá colher o sangue da mãe e que manipulará a amostra seja mulher, para evitar a possibilidade de contaminação da amostra com o cromossomo “Y”.

No Brasil, esse teste é usado somente para a identificação do sexo dos bebês, mas a metodologia de avaliação do DNA fetal circulante no sangue da mãe também pode ser usada para identificar algumas doenças, substituir outros exames que são mais invasivos e até para a realização do cariótipo fetal. É o chamado de teste pré-natal não invasivo, que possibilita o diagnóstico precoce de, por exemplo, síndrome de Down (alteração no cromossomo 21) e síndrome de Edwards (alteração no cromossomo 18).