Mês: novembro 2017

AIDS: Preconceito é não falar sobre o assunto

A AIDS se caracteriza pelo enfraquecimento do sistema imunológico do corpo, com o organismo mais vulnerável ao aparecimento de doenças oportunistas que vão de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado com a presença do vírus HIV no organismo.

O organismo humano reage diariamente aos ataques de bactérias, vírus e outros micróbios, por meio do sistema imunológico. Muito complexa, essa barreira é composta por milhões de células de diferentes tipos e com diferentes funções, responsáveis por garantir a defesa do organismo e por manter o corpo funcionando livre de doenças.

Entre as células de defesa do organismo humano estão os linfócitos T CD4+, principais alvos do HIV. São esses glóbulos brancos que organizam e comandam a resposta diante de bactérias, vírus e outros micróbios agressores que entram no corpo humano.

O vírus HIV, dentro do corpo humano, começa a atacar o sistema imunológico ligando-se a um componente da membrana dessa célula, o CD4, penetrando no seu interior para se multiplicar. Com isso, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo a capacidade de responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças. Quando o organismo não tem mais forças para combater esses agentes externos, a pessoa começar a ficar doente mais facilmente e então se diz que tem AIDS. Esse momento geralmente marca o início do tratamento com os medicamentos antirretrovirais, que combatem a reprodução do vírus.

Há alguns anos, receber o diagnóstico de AIDS era uma sentença de morte. Mas, hoje em dia, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas. Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa.

Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Um fator fundamental na qualidade de vida dessas pessoas é o apoio e o carinho, já que ainda há muito preconceito.

Durante a infecção inicial, uma pessoa pode passar por um breve período doente, com sintomas semelhantes aos da gripe. Normalmente isto é seguido por um período prolongado sem qualquer outro sintoma. À medida que a doença progride, ela interfere mais e mais no sistema imunológico, tornando a pessoa muito mais propensa a ter outros tipos de doenças oportunistas, que geralmente não afetam as pessoas com um sistema imunológico saudável.

Fontes: Grupo de Incentivo à Vida – ORG.

UNAIDS: O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) lidera e inspira o mundo para alcançar sua visão compartilhada de zero nova infecção por HIV, zero discriminação e zero morte relacionada à AIDS.

PSA e o Câncer de Próstata

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens. Recentemente, em um programa de rádio americano, o famoso ator Ben Stiller revelou que há 3 anos ele foi diagnosticado com câncer de próstata, usando o relato pessoal para incentivar outros homens a fazerem exames preventivos, já que a detecção precoce da doença pode ajudar no tratamento. O ator falou sobre o teste de sangue, feito para conferir os níveis de PSA (Antígeno Prostático Específico). “Eu queria falar sobre esse assunto por causa do exame, porque eu sinto que ele salvou minha vida. Se eu não tivesse feito o teste, que meu médico começou a me recomendar quando tinha 46 anos, eu realmente não sei…”, disse o ator.

Ben Stiller não foi afetado por sintomas da doença, nem tem histórico de câncer na família. Seu médico suspeitou do diagnóstico através da verificação de uma enzima denominada antígeno prostático específico (PSA), em um exame de sangue que ele fez como parte de um check-up anual. Depois de passar por mais testes, que confirmaram o quadro, e pedir a opinião de vários médicos, o ator foi submetido a uma cirurgia de remoção da próstata. Na entrevista, Stiller disse que hoje está livre do câncer, mas ainda é examinado regularmente.

Apesar de ter sido lançada na década de 80, a dosagem de PSA no sangue ainda é desconhecida de muitos homens. O PSA é uma substância produzida pelas células da próstata. Quando existe um aumento no número de células produtoras, como o que acontece no caso do câncer de próstata e da prostatite (inflamação da próstata), o PSA se eleva no sangue, servindo como indicador dessas doenças.

A taxa considerada comum pelos médicos é de quatro nanogramas por mililitro. Quando há um aumento do nível os médicos desconfiam de câncer e podem sugerir a repetição do exame e a realização de uma biópsia da próstata para confirmar o diagnóstico. A que a realização dos exames de rotina deve começar aos 40 anos para aqueles que têm registros de casos em parentes de primeiro grau, uma vez que o câncer hereditário pode aparecer mais cedo. Para aqueles sem registros, os exames podem ser feitos a partir dos 50 anos.

Fonte:​ ​ ​G1,​ ​em​ ​São​ ​Paulo.

Mês do não-fumar: dicas para largar o vício

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) dá algumas dicas preciosas para ajudar. Como o Dr. Dráuzio Varella disse no vídeo, o mais importante é escolher uma data para ser o seu primeiro dia sem cigarro. Esse dia não precisa ser um dia de sofrimento, faça dele uma ocasião especial e programe algo que goste de fazer para se distrair.

A pessoa que fuma fica dependente da nicotina, considerada uma droga forte, ela atinge o cérebro em apenas sete minutos. É normal, portanto, que os primeiros dias sem cigarro sejam os mais difíceis, causando ansiedade, dificuldade de concentração, irritabilidade, dores de cabeça e vontade intensa de fumar. Cada pessoa tem uma experiência diferente, mas o importante é não desanimar!

Diante de uma intensa vontade de fumar, o ideal é manter as mãos ocupadas de algum jeito: elástico, manuseio de objetos pequenos, rabiscar papéis e por aí vai. Não fique parado – converse com um amigo, faça algo diferente.

Precisamos falar sobre o Câncer de Próstata

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos e considerando ambos os sexos é o quarto tipo mais comum e o segundo mais incidente entre os homens. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.

Uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, como também de outras doenças crônicas não-transmissíveis. Nesse sentido, outros hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.

A idade é um fator de risco importante para o câncer de próstata, uma vez que tanto a incidência como a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos.

Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos pode aumentar o risco de se ter a doença de 3 a 10 vezes comparado à população em geral, podendo refletir tanto fatores genéticos (hereditários) quanto hábitos alimentares ou estilo de vida de risco de algumas famílias.

O antígeno prostático específico (PSA) é usado principalmente para pesquisar câncer de próstata em homens assintomáticos. É também um dos primeiros exames realizados em homens que apresentam sintomas que podem ser causados ​​pelo câncer de próstata.

O PSA também pode ser útil após o diagnóstico do câncer de próstata:

  • Nos homens diagnosticados com câncer de próstata, o PSA pode ser usado em conjunto com os resultados do exame físico e do estadiamento da doença para decidir se são necessários outros exames, como tomografia computadorizada ou cintilografia óssea.
  • O PSA é parte do estadiamento e ajuda a prever se a doença ainda está confinada à próstata. Se o nível do PSA é muito alto, a doença provavelmente está disseminada, o que influenciará na escolha das opções de tratamento.
  • O exame PSA também é uma parte importante do monitoramento do câncer de próstata durante e após o tratamento.

Fonte: Inca.