De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a asma é uma das doenças crônicas mais comuns e pode ser considerada um problema mundial de saúde, já que acomete cerca de 300 milhões de pessoas no mundo, incluindo tanto crianças quanto adultos. Aqui no Brasil, a estimativa é que existam aproximadamente 20 milhões de asmáticos!

Próximo ao Dia Nacional de Combate à Asma, que tal saber um pouco mais sobre essa doença que acomete tantas pessoas?

Como os números exemplificam, a asma, também chamada de asma brônquica ou bronquite asmática, é uma das doenças respiratórias crônicas com maior aumento de incidência nos últimos trinta anos.

Causas e Sintomas


A principal característica da asma é a inflamação e estreitamento dos brônquios, que são as estruturas tubulares responsáveis por conduzir o ar que inalamos até nossos pulmões. O processo inflamatório, característico da asma, resulta tanto na formação de edemas, quanto no aumento da produção de muco e também em espasmos da árvore respiratória, o que dificulta a passagem de ar pelos pulmões.

Esse tipo de ocorrência pode ocasionar uma série de sintomas, que podem ocorrer como crises periódicas e variam, de pessoa para pessoa, tanto em nível de gravidade quanto em frequência. Os sintomas mais frequentes são: chiado e sensação de aperto no peito, tosse e dificuldade para respirar.

Devido ao processo inflamatório, os asmáticos possuem pulmões muito sensíveis e, diferente dos pulmões de pessoas sadias, podem desencadear crises frente a estímulos ambientais simples, como exposição a pólen, fumaça, mofo, poeira, frio, cachorros e gatos, etc. Além desses, também são fatores capazes de provocar os sintomas ou até mesmo uma crise de asma:

– Doenças virais, por exemplo, resfriados comuns;

– Condições climáticas, tais como temperaturas frias e/ou tempo seco;

– Fatores emocionais, exemplo ansiedade;

– Medicamentos como alguns anti-inflamatórios e beta bloqueadores, normalmente usados em tratamentos de hipertensão arterial ou glaucoma;

– Exposição a tabagismo ativo ou passivo;

– Exercícios físicos.

Contudo, vale reforçar aqui que a prática de exercícios físicos não é proibida para asmáticos e, quando a asma está bem controlada, os exercícios devem fazer parte da rotina. Algumas possibilidades são:

– Natação, uma vez que por ser na piscina, o ar é mais úmido e evita que o gatilho da crise asmática seja ativado;

– Caminhada e bicicleta: os exercícios aeróbicos são os mais indicados para asmáticos, porque são menos intensos que os outros e ajudam a regular o fluxo de ar nos pulmões;

– Musculação: ao contrário do que muitos imaginam, asmáticos podem sim fazer musculação, pois esses exercícios não exigem dos brônquios tanto esforço quanto outros.

Alguns Tipos de Asma

Asma alérgica

Também nomeada asma atópica, é o tipo asmático mais facilmente reconhecido. Muitas vezes começa na infância e está associada a histórico familiar ou do passado de doenças atópicas, como eczema, rinite alérgica ou alergia a alimentos ou medicamentos.

Asma não alérgica

É aquela encontrada em adultos cuja asma não tem associação com nenhuma das alergias citadas acima ou outras. É o caso mais comum da asma de início tardio, que acomete as pessoas, principalmente do sexo feminino, pela primeira vez já na fase adulta da vida.

Asma ocupacional

Precedida pela rinite de mesmo gatilho, a asma ocupacional ou laboral é aquela adquirida no local de trabalho, sendo induzida ou agravada quando a pessoa está exposta a alérgenos ou outros agentes sensibilizadores no ambiente de trabalho.

Outros fenótipos dessa doença são asma com obstrução física, asma causada pela obesidade e asma induzida pelo exercício físico.

Diagnóstico e Tratamentos

Para o diagnóstico, é necessária a realização de exame avaliativos da função pulmonar que sejam capazes de documentar a obstrução dos brônquios, por exemplo, a espirometria ou prova de função pulmonar. Existem casos em que os exames laboratoriais ou os de imagem, como radiografia ou tomografia de tórax, podem ser necessários para uma melhor avaliação da doença.

De acordo com a médica pneumologista, Amanda da Rocha Oliveira Cardoso, para o Jornal da Universidade Federal de Goiás, a maioria dos casos de asma são leves e podem ser acompanhados por um médico generalista ou médico de família.

No caso dos quadros graves, existe a necessidade de avaliação e acompanhamento por médico especialista, o pneumologista. Inclusive, em algumas situações, pode ser que a pessoa precise de uma avaliação com outros especialistas para a observação de doenças que, comumente, têm relação com a asma, por exemplo, refluxo gastroesofágico, sinusite crônica, depressão e ansiedade.

Sendo uma doença crônica, não existe cura para a asma, mas existem possibilidades de tratamento medicamentoso para controlá-la de forma segura e eficaz. De toda forma, o tratamento da doença depende da intensidade dos sintomas apresentados pelo asmático. Em alguns casos, os medicamentos são usados apenas como forma de aliviar os sintomas e, em outros casos, são utilizados diariamente para o controle da doença.

Hoje, já existem medicamentos que podem ser usados para o controle ou até mesmo para alívio dos sintomas. Dessa maneira, alguns pacientes que apresentam a doença em sua forma leve precisarão usar os remédios diariamente, a fim de evitar crises de asma, perda de função pulmonar ou a piora do quadro asmático ao longo da vida.

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