Categoria: Colesterol

COLESTEROL: COMO INTERPRETAR OS VALORES DO SEU EXAME

Em dezembro de 2016 foi lançado o Consenso Brasileiro para a Normatização da Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico. Dentre as orientações que o consenso trouxe de novidade uma foi a flexibilização do jejum para a dosagem do perfil lipídico. Foram estabelecidos novos valores de referência para coletas realizadas com ou sem jejum.

E por que dessa flexibilização do jejum? Hora, nós passamos mais tempo no estado alimentado do que em jejum, estando exposto por muito mais horas à ação dos lipídios nas nossas artérias. Então, faz todo o sentido poder fazer a dosagem a qualquer momento. O único exame que é realmente impactado pelo momento da coleta – se em jejum ou após se alimentar – é o triglicérides, que ganhou valores diferentes de acordo com o momento da coleta.

Outro ponto muito importante é que o valor de referência dos lipídios varia de acordo com a idade e com o risco clínico do paciente. Crianças e adolescentes ganharam valores diferentes dos adultos. Para os exames colesterol LDL e não-HDL os valores de referência foram estratificados de acordo com o risco do paciente: baixo, intermediário, alto e muito alto. Ou seja, pacientes que têm um risco cardíaco maior como, por exemplo, hipertensos e diabéticos, têm que manter suas taxas de colesterol LDL e não-HDL mais baixas que o restante da população. 

Por isso é importante que o resultado dos seus exames seja avaliado por um médico, porque ele irá considerar todo o seu histórico clínico e estilo de vida para avaliar se o resultado encontrado está compatível com o alvo terapêutico ideal para você.

ENTENDENDO AS FRAÇÕES DE COLESTEROL 

O colesterol, juntamente com os triglicérides, está entre os lipídios biologicamente mais importantes do nosso organismo. É a partir do colesterol que vários hormônios esteróides como, por exemplo, testosterona e estradiol, são produzidos. Além disso, é a partir da molécula de colesterol que são formados os ácidos biliares e a vitamina D. E ele também está presente nas membranas das células, atuando no transporte de várias substâncias do meio extracelular para a célula e vice-versa.

Mas o colesterol não é só mocinho: em níveis elevados pode levar à aterosclerose, um estado inflamatório na parede interna das artérias do coração e de outras partes do organismo. No local inflamado há formação contínua de uma placa de gordura, cálcio e outros elementos. Com o passar do tempo, a placa vai aumentando de tamanho até obstruir o vaso sanguíneo e interromper a passagem do sangue, podendo levar à infarto e AVC, por exemplo.

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Para que possamos entender a importância das diversas frações de colesterol e como interpretá-las, precisamos entender como o colesterol é metabolizado. Você sabia que o colesterol é produzido no fígado? Para chegar às células o colesterol precisa ser transportado do fígado através do sangue. Acontece que o sangue é formado por água, e colesterol é gordura. Além disso, o grande truque do organismo para transportar o colesterol é a utilização de lipoproteínas, que são proteínas específicas que envolvem o colesterol, permitindo essa transporte do colesterol, assim como do triglicérides, pela corrente sanguínea. 

E é essa combinação de lípides – colesterol e triglicérides – com lipoproteínas que formam as diversas frações de colesterol. Vamos conhecer um pouco sobre elas e entender o motivo dos valores de referência que foram determinados no consenso de 2016.

COLESTEROL VLDL – lipoproteína de densidade muito baixa, é rica em triglicérides e por isso tem que ser mantida em valores bem baixos.Essa fração de colesterol em relação às outras é muito pesada, sendo transportada mais vagarosamente pela corrente sanguínea. Com isso, quanto mais VLDL você tiver, maior o risco de aterosclerose, porque como o VLDL é uma molécula mais pesada, parte dela fica presa nos pontos inflamados das paredes das veias, que agem como uma “rede de pesca no fundo do rio” e que consegue reter o que passa por ela, formando o ateroma.

COLESTEROL LDL – lipoproteína de densidade baixa, tem menos triglicérides que a VLDL mas ainda temos que ficar de olho nela. O colesterol LDL é mais leve que o VLDL, mas ainda um pouco pesado e pode ficar retido no ateroma, também.

COLESTEROL HDL – lipoproteína de alta densidade, apresenta uma alta quantidade de colesterol. É considerada o bom colesterol e quanto mais alto o seu valor, menor o risco de aterosclerose. O colesterol HDL “flutua” no meio do vaso sanguíneo, passando longe da parede dos vasos e não contribuindo para formar o ateroma.

COLESTEROL NÃO-HDL –  além das frações citadas acima existem outros tipos de frações de colesterol, que variam na quantidade de colesterol, lipoproteína e triglicérides em sua composição. De acordo com o último consenso, não se dosa mais o colesterol VLDL, somente o LDL e o HDL. Foram estabelecidos valores de referência para o chamado colesterol não-HDL, que engloba todas as frações de colesterol, incluindo-se aí o colesterol LDL (que é dosado em separado) e o colesterol VLDL. O colesterol não-HDL deve ser mantido em níveis controlados de acordo com o risco do paciente, porque engloba as frações mais ricas em triglicérides que tem mais risco de causar um ateroma.

Valores de Referência para avaliação de risco cardiovascular para adultos acima de 20 anos:

Valores de Referência para avaliação de risco cardiovascular de zero até 19 anos:

E SE O MEU COLESTEROL TOTAL OU ALGUMA DAS FRAÇÕES NÃO-HDL ESTIVER ALTO?

Bom, primeiramente saiba que 70% do colesterol encontrado é produzido pelo nosso organismo e 30% vem da alimentação. No primeiro momento, o tratamento é feito com melhorias na alimentação, realização de exercícios e redução de peso. Caso o tratamento não medicamentoso não tenha efeito, há indicação de medicamentos específicos, como, por exemplo, atorvastatina, que somente o seu médico poderá lhe indicar. E detalhe importante, os medicamentos têm que ser tomados à noite, porque a produção do colesterol é maior neste período

E é importante fazer a monitoração periódica dos níveis do colesterol total e suas frações, bem como das triglicérides. E pra isso, conte com o Laboratório Gerardo Trindade! Mantenha seu check-up sempre em dia!

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Tudo que você precisa saber sobre o colesterol

Especial | 08 de Agosto

O organismo produz cerca de 70% do colesterol no fígado, a alimentação é responsável pelos 30% restantes. Essa gordura, que está presente na estrutura das membranas celulares, é fundamental para o bom funcionamento do corpo.

Com a correria do dia a dia é comum comer fora de casa e, de vez em quando, recorrer a opções com alto teor de gorduras. Por outro lado, esse tipo de hábito contribui para o surgimento de diversos problemas de saúde, incluindo o aumento do colesterol.

O colesterol é usado para originar a vitamina D, o cortisol, o estrógeno, a testosterona e os ácidos biliares, que possuem um importante papel na digestão das gorduras. Quando se consome alimentos com muita gordura, o organismo produz mais colesterol e isso causa um desequilíbrio silencioso no corpo, já que não apresenta sintomas. Quando elevado, o colesterol contribui para o aumento das chances de desenvolver a aterosclerose, particularmente a doença coronariana, que se manifesta com a angina e o infarto de miocárdio.

O colesterol HDL, popularmente conhecido como colesterol “bom”, faz uma espécie de faxina no organismo, removendo o colesterol das artérias e os levando de volta para o fígado, impedindo o seu acúmulo. Já o LDL ou colesterol “ruim” carrega as partículas de colesterol do fígado e de outros locais até as artérias. Dessa forma, quando em excesso e sem aproveitamento pelas células, ele aumenta o risco de aterosclerose (entupimento das artérias pela gordura). Quanto maior o nível de colesterol HDL menor será o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. O colesterol total, por sua vez, soma todas as frações do colesterol do organismo.

São fatores de risco para o colesterol elevado: o sedentarismo, a obesidade, diabetes e hipertensão arterial, o hábito de fumar e histórico familiar.

Como manter níveis saudáveis de colesterol?

Para manter os níveis de colesterol ideais ou evitar que fiquem elevados é importante combinar uma alimentação saudável e a prática regular de atividades físicas. Mesmo que você já faça uso de medicamento, só essa ação não é capaz de evitar surpresas. Além dessa dupla, é fundamental reduzir ou extinguir o álcool, reduzir o consumo de açúcares e carboidratos e ficar de olho no sobrepeso. 

Algumas pessoas, por tendências genéticas, produzem um excesso de colesterol, mesmo mantendo uma rotina alimentar saudável e fazendo exercícios regulares. É por isso que é importante a dosagem de colesterol total e frações em crianças, também. Para estas pessoas é necessário fazer uso de medicamentos específicos que reduzem a formação de colesterol pelo organismo, de forma contínua. Se a medicação for interrompida, as taxas de colesterol se elevam novamente, podendo aumentar as chances de doenças cardíacas.

Vale lembrar que tanto os níveis elevados de colesterol quanto os baixos são prejudiciais à saúde. Por isso, é fundamental realizar exames e acompanhar as taxas anualmente ou conforme indicação médica.

De acordo com o Consenso Brasileiro para a Normatização da Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico (Dez/2016), os valores de colesterol são considerados de acordo com a idade e o risco cardíaco do paciente: quanto maior o risco, mais baixo devem ser mantidos os níveis de colesterol total, colesterol LDL e colesterol não-HDL. Outra alteração nos valores de referência atuais é a possibilidade de se analisar as taxas de colesterol em jejum ou após ter se alimentado. E por que essa alteração? Os estudiosos levaram em consideração que passamos a maior parte do tempo no estado alimentado e não em jejum.

Tabela | Valores de referência para avaliação de risco cardiovascular (adultos acima de 20 anos)
Tabela | Valores de referência para avaliação de risco cardiovascular de 0 a 19 anos

Conte com o Laboratório Gerardo Trindade para cuidar da sua saúde!

ATEROSCLEROSE E INFARTO

Conhecido popularmente como ataque cardíaco , o infarto agudo do miocárdio
caracteriza-se pela ausência ou pela diminuição da circulação sanguínea no coração, o que priva o músculo cardíaco (miocárdio), no local acometido, de oxigênio e de nutrientes, causando lesões severas que podem levar até a morte de suas células, conforme o tempo de duração do evento. Com isso, o funcionamento do coração, que trabalha como uma bomba mecânica, pode ser seriamente afetado.

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25 a 30/07 Semana do Combate ao Colesterol – Dicas de exercício e alimentação

O colesterol é um tipo de gordura (lipídio) encontrada naturalmente em nosso organismo, fundamental para o seu funcionamento normal. O colesterol é o componente estrutural das membranas celulares em todo nosso corpo e está presente no cérebro, nervos, músculos, pele, fígado, intestinos e coração. Nosso corpo usa o colesterol para produzir vários hormônios, vitamina D e ácidos biliares que ajudam na digestão das gorduras. 70% do colesterol é fabricado pelo nosso próprio organismo, no fígado, enquanto que os outros 30% vêm da dieta.

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