Os rins têm a importante função de regular a composição e a pressão sanguínea, remover resíduos, manter o nível de água e cálcio adequados no organismo, além de evitar a anemia e aumentar a produção de vitamina D. Pois é, seu papel não se resume só a ‘filtrar as impurezas do sangue’.

Cuidar e proteger os rins significa manter a possibilidade de desenvolver algum tipo de doença renal bem longe. Isso inclui infecções urinárias, nefrite, cálculos, obstruções, insuficiências e tumores renais. A prevenção gira em torno dos hábitos, que precisam ser saudáveis!

Você espera ter sede para beber água? A primeira dica para proteger seus rins é caprichar na hidratação! Claro que os inúmeros compromissos acabam atrapalhando a ida até um filtro ou bebedouro em casa ou no trabalho, por exemplo. O ideal, então, é ter uma garrafinha sempre com você na bolsa, na mochila ou na mesa de trabalho. Se você acha um desafio aumentar a ingestão de água ao longo do dia, aí vão algumas dicas:

– Tome um copo de água ainda em jejum, isso ajuda a ativar todos os órgãos;

– Carregue uma garrafinha de água aonde for;

– Procure tomar pequenos goles de cada vez, caso não sinta sede;

– Se você não gosta de jeito nenhum de água, procure adicionar um pouco de hortelã ou limão;

– Procure por aplicativos que façam algum tipo de alerta para beber água.

Muitas pessoas acreditam que apenas aumentar a ingestão de água é o suficiente para evitar problemas renais, mas isso não é verdade. A alimentação também tem papel fundamental na prevenção!

A quantidade de sal ingerida pelo brasileiro vai além da recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda uma quantidade de 2 gramas por dia. O brasileiro consome cerca de 12 gramas diariamente. Isso mesmo, 12 gramas! Como o sal acaba retendo mais água, isso faz com que os rins trabalhem com uma pressão mais alta. O resultado pode ser uma doença renal ou uma doença renal crônica! Por isso, reduzir o sal é uma das maneiras de evitar problemas no futuro. Em seu lugar, aposte em ervas como orégano, alecrim e manjericão!

Hoje em dia vivemos uma epidemia de obesidade mundial e, por isso, ela é importante para falar desse tema. Para que os rins funcionem plenamente, o peso corporal precisa estar adequado. Pessoas com o índice de massa corporal (IMC) em parâmetros saudáveis ficam protegidos de doenças renais, caso mantenham atenção nas outras formas de prevenção.  Falando em obesidade e alimentação, é preciso ter cuidado redobrado com a quantidade de açúcar e gordura ingeridas. Prefira alimentos ricos em fibras, eles ajudam a manter as funções renais.

Depois da hidratação, alimentação e peso corporal adequado, é importante falar sobre o cigarro! Além dos problemas renais, pessoas fumantes têm de duas a três vezes mais chances de desenvolver câncer nos rins, por causa das substâncias tóxicas que desencadeiam uma série de inflamações.

Por último, mas não menos importante, fica um alerta para o uso indiscriminado de proteínas por pessoas comuns. Isso é muito comum em academias, por exemplo. Algum colega ou amigo indica um suplemento e você fica empolgado só com a ideia de ganhar mais massa. Pois é, mas a chave é o equilíbrio! A longo prazo, o consumo de proteínas em forma de suplemento pode sobrecarregar os rins, causando uma hiperfiltração. É fundamental que você passe por uma avaliação nutricional, que leve em consideração as suas condições de saúde, gasto calórico, alimentação, tipo e frequência do treinamento.

EXAMES IMPORTANTES PARA AVALIAÇÃO RENAL

O exame de urina (rotina) é o mais pedido para avaliar a função renal, enquanto o exame de ureia, creatinina e microalbuminúria (micro perda de proteína na urina), servem para identificar alterações e rastrear problemas renais. Todos esses exames são importantes para ajudar a descobrir a causa por trás de sintomas como aumento ou diminuição de frequência urinária, cor escurecida, presença de espuma ou sangue, por exemplo. 

Conte com Gerardo Trindade para cuidar da sua saúde!