Você provavelmente já ouviu falar da osteoporose, uma doença ligada a diminuição progressiva da densidade dos ossos, que causa seu enfraquecimento e o aumento do risco de fraturas e até mortes. A incidência da doença no Brasil ainda não é clara, mas estima-se que mais de 10 milhões de pessoas convivam com a osteoporose, sendo a maioria mulheres.
O mais comum é a presença da doença na vida de mulheres com mais de 50 anos, idade em que a menopausa chega e os ovários param de funcionar. Mas qual a relação entre a osteoporose e a menopausa? É nesse período em que a mulher passa a enfrentar uma queda na produção de estradiol, hormônio produzido pelos ovários e que auxilia no transporte do cálcio para o interior dos ossos. Como consequência, a densidade mineral do esqueleto é reduzida e ele se torna mais frágil e mais suscetível à ocorrência de fraturas.
Algumas mulheres, após acompanhamento minucioso do seu médico, podem repor o estradiol sem problemas. Já outras, como fumantes e mulheres com histórico de câncer de mama na família e trombose, não podem fazer reposição. Nestes casos a reposição fará mais mal do que bem.
Além do estradiol, existe um hormônio produzido em nossa pele após a exposição solar – a vitamina D. Uma das principais funções da vitamina D consiste em manter concentrações adequadas de cálcio e fósforo, tanto no sangue quanto no meio extra-celular, a fim de garantir o perfeito funcionamento do nosso metabolismo.
Para isso, há uma interação entre diversos órgãos do nosso corpo, entre eles, suprarrenais, intestinos, rins, ossos e paratireoides. A vitamina D é responsável pela absorção intestinal de fósforo e cálcio, pela mobilização do cálcio a partir do osso na presença do hormônio PTH, e pelo aumento da absorção renal de cálcio, regulando, assim, o metabolismo ósseo.
Hoje em dia, nos expomos cada vez menos ao sol, impactando diretamente na produção de vitamina D pela pele. Alguns alimentos – como bife de fígado, gema de ovo, alguns peixes, como atum e sardinha, cogumelos e queijos fortificados, como o cheddar, o queijo suíço e a ricota – ajudam a repor a vitamina D, porém, seria necessária uma grande quantidade destes alimentos para repor a quantidade ideal. Normalmente, quando há deficiência de vitamina D, é mais indicado fazer reposição até estabelecer os níveis ideais do hormônio.
Além disso, aderir a um estilo de vida mais saudável pode ajudar na prevenção da osteoporose e de outras doenças que vêm com a idade! Algumas dicas importantes são parar de fumar, evitar a ingestão de bebidas alcoólicas e procurar por exercícios físicos que trabalhem o fortalecimento dos músculos (como a musculação, por exemplo), criem microlesões nos ossos para aumentar sua densidade (caminhada é perfeito) e promovam o equilíbrio para evitar quedas, como yoga e pilates.
Outra medida fundamental para manter a saúde, inclusive dos ossos, é visitar frequentemente seu médico de confiança e não somente na aparição de sintomas. Fazer um check-up periódico é fundamental para acompanhar sua saúde.
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