Mês: outubro 2021

SAÚDE BUCAL: O CUIDADO COMEÇA NO PRIMEIRO DENTINHO

Uma dentição perfeita se cria desde a primeira infância, com cuidados específicos para a formação de hábitos que se prolongarão na vida adulta. Crianças com dentes fortes e saudáveis serão, provavelmente, adultos com dentição permanente saudável, o que é muito importante para a saúde geral.

Cabe aos pais ensinar e ajudar aos filhos a cuidarem dos seus dentes desde pequenininho, criando bons hábitos de escovação e uso do fio dental para evitar a formação das cáries. E também escolher as escovas corretas para cada etapa da vida da criança. E não é só isso! Para cuidar da saúde bucal das crianças, é necessário uma dieta saudável e equilibrada, com pouco açúcar e amido, além de visitar o odontopediatra regularmente, tornando esta visita em um momento lúdico e agradável para a criança desde o nascimento dos primeiros dentinhos.

Começando cedo

A partir do aparecimento do primeiro dentinho no bebê, é preciso seguir uma rotina de cuidados básicos, como limpá-lo com uma escova bem macia ou com uma gaze, cuidadosamente. À medida que o bebê cresce e se torna necessário escovar os dentinhos com um produto adequado, especialmente desenvolvido para essa faixa etária e com a concentração ideal de flúor. O hábito de escovar os dentes três vezes ao dia precisa ser estimulado e transformado em algo que a criança aprecie.

Importância dos Dentes Decíduos – “dentes de leite”

Os dentes decíduos, popularmente conhecidos como dentes de leite, apesar de serem temporários, exercem papel fundamental no desenvolvimento bucal da criança, pois são estes que dão lugar aos dentes permanentes (definitivos). Assim, os dentes de leite devem receber os mesmos cuidados que os dentes permanentes para que completem seu ciclo com saúde e sem dor.

Conheça as principais funções dos dentes de leite:

  • mastigação, para auxiliar na digestão dos alimentos; 
  • auxiliar no crescimento e desenvolvimento adequado dos ossos e músculos da face; 
  • ajudar no processo de desenvolvimento da fala, auxiliando na pronúncia correta das palavras; 
  • “guardar” o espaço para os dentes permanentes que irão substituí-los no futuro, direcionando-os para que irrompam em posição adequada; 
  • Funcionar como base fundamental para que a correta oclusão da dentição permanente obtenha êxito.

A visita ao odontopediatra deve acontecer logo ao nascimento dos primeiros dentes para que os pais recebam as orientações corretas, evitando assim problemas bucais futuros! Papai e mamãe, lembrem-se: a saúde do seu filho começa pela boca!

Saúde: o melhor presente para o seu filho!

A obesidade vem se tornando cada vez mais comum em crianças e adolescentes, principalmente nesse cenário pandêmico onde o aumento da ingestão calórica e a inatividade física agravaram o problema ainda mais!

No período da década de 60 até 80, o percentual de crianças obesas de 06 a 11 anos e adolescentes obesos de 12 a 19 anos, eram menor que 6%. Com o passar do tempo, já nos anos 1999 a 2004, vimos um aumento considerável da obesidade infantil, chegando a 20% para os mesmos adolescentes de 12 a 19 anos, 20% para as crianças de 6 a 11 anos e o mais grave, mais de 10% para as crianças de 2 a 5 anos (Karnik & Kanekar, 2012).

A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (2006) e Pesquisa Nacional de Saúde (2013), mostraram que 40,5% das crianças menores de 5 anos consomem refrigerante com frequência e 60,8% das crianças menores de 2 anos comem biscoitos ou bolachas recheadas. Mas será que somente a má alimentação é a causa principal para esse aumento do sobrepeso e obesidade infantil? O impacto da inatividade física é bem grande, também. Segundo a OMS, a obesidade é problema de saúde pública, então devemos tratá-la como doença (WHO, 2014).

E qual a orientação? Como saber se a criança está acima do peso? O mais adequado é passar por uma avaliação física com profissionais qualificados para avaliar o grau de sobrepeso da criança e do adolescente, fazer exames laboratoriais para avaliar perfil lipídico e outras variáveis modificáveis para então orientá-los da melhor forma com auxílio profissional.

Sabemos que o exercício físico tem um papel fundamental no tratamento em pessoas com sobrepeso, e não é diferente com crianças e adolescentes. Costigan et al. (2015) fizeram uma revisão onde o HIIT (Treinamento Intervalado de Alta Intensidade) melhorou a saúde do adolescente, impactando no condicionamento cardiorrespiratório e na composição corporal. Cooper et al. (2016) corroboraram os dados citados acima, mostrando uma melhora significativa também na saúde cognitiva e metabólica das crianças e adolescentes.

A atividade física trabalhada de forma lúdica e prazerosa é uma ferramenta fundamental para a criança e o adolescente controlarem o sobrepeso. Importante ressaltar que a atividade física deve ser sempre bem orientada por profissionais qualificados que irão escolher a melhor estratégia, respeitando os limites fisiológicos e individuais da criança e do adolescente. Para pensar: tratar a obesidade na primeira infância diminui enormemente a possibilidade da criança se tornar um adulto obeso. Uma criança gordinha tem 80% de chance de se tornar obesa no futuro. Que tal dar saúde pro adulto que seu filho será no futuro? O combo alimentação saudável + atividade física + diversão vai contribuir enormemente para o seu filho ser um adulto de peso normal no futuro.

Obesidade: pequenas mudanças, grandes resultados

A obesidade surge na maioria dos casos, do desbalanceamento energético, ou seja, quando uma pessoa consome mais energia do que gasta e isso resulta em ganho de peso. Além disso, o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados, que possuem composição nutricional desbalanceada e são ricos em gorduras, açúcares e sódio, somado ao sedentarismo, é uma das causas deste problema de saúde pública. 

O melhor caminho para controlar o peso está na decisão individual de mudar a própria vida, optando por escolhas mais saudáveis. Nesse sentido, é necessário que o significado e a importância de se comer bem, e não em quantidade, sejam compreendidos. Ampliar conceitos, mudar costumes enraizados na própria família e trocar os maus hábitos por bons hábitos alimentares nem sempre é fácil, mas é imprescindível para que a vida ganhe outro sentido e seja repleta de saúde, bem-estar e disposição. Confira algumas dicas para dar esse primeiro passo ainda hoje:

Seja realista: revolucionar seus hábitos da noite para o dia não é a melhor maneira de começar essa mudança. Comece com pequenas mudanças no modo como você se alimenta e no seu nível de atividade física. Após o primeiro pequeno sucesso, estabeleça um novo objetivo e prossiga.

Aventure-se: a vida é muito curta para comer sempre os mesmos alimentos. Experimente preparações que você não conhece, especialmente aquelas à base de verduras e frutas.

Seja moderado: modere nas quantidades de açúcares, sal e sódio.

Hidrate-se: água nunca é demais, beba bastante água ao longo do dia.
Seja organizado: estabeleça horários fixos para suas refeições e divida a alimentação em cinco ou seis delas, como café da manhã, lanche, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia, reduzindo a quantidade consumida em cada uma dessas refeições.

Conte com alguns aliados:  No almoço e no jantar, coma primeiro os vegetais crus e folhosos, como o alface e a rúcula, pois eles promovem uma sensação de saciedade mais rápida. Isso fará com que sua fome diminua e você coma os outros alimentos em menor quantidade.

Controle o consumo de alimentos de origem animal: esses alimentos são boas fontes de proteínas e de vitaminas, mas não contém fibras e podem acrescentar elevada quantidade de calorias por grama e teor excessivo de gorduras não saudáveis, chamadas gorduras saturadas.

Evite ambientes desfavoráveis: comer em frente à televisão ou computador, sem atenção e de maneira rápida são comportamentos que podem levar a um consumo exagerado de alimentos e facilitar o ganho de peso.

Saia do sedentarismo: só uma alimentação saudável não é o suficiente para controlar a obesidade, é necessário que você abandone o sedentarismo e faça atividades físicas regularmente. 

As consequências de não buscar um caminho para a mudança são inúmeras, já que diversas patologias e condições clínicas estão associadas à obesidade: apneia do sono; acidente vascular cerebral (AVC); fertilidade reduzida em homens e mulheres; hipertensão arterial; diabetes; doenças cardiovasculares; diversos tipos de câncer; aterosclerose, entre outras. 

Ao focar na prevenção da obesidade e nas mudanças de estilo de vida, existe uma boa possibilidade de retardar ou impedir o desenvolvimento das complicações acima. Mantenha seus exames em dia!

Conte com o Laboratório Gerardo Trindade!

Câncer de mama: se toque

Estamos no Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama. Você sabia que em 60% dos casos, o câncer é percebido pela própria paciente ao fazer o autoexame? 

Não existe uma causa única para o câncer de mama. Diversos agentes estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: envelhecimento (quanto mais idade, maior o risco de ter a doença), fatores relacionados à vida reprodutiva da mulher (idade da primeira menstruação, ter tido ou não filhos, ter ou não amamentado, idade em que entrou na menopausa), histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante.

Segundo o Inca, a prática de atividade física e de alimentação saudável, com manutenção do peso corporal adequado, estão associadas a menor risco de desenvolver câncer de mama: cerca de 30% dos casos podem ser evitados quando são adotados esses hábitos. A amamentação também é considerada um fator protetor.

O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando as chances de tratamento e cura. Todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. Nesse sentido, o autoexame tem papel fundamental na detecção precoce do câncer de mama. Confira abaixo como fazê-lo:

  • Para começar, coloque uma mão atrás da cabeça e a outra nos seios;
  • Observe, em frente ao espelho, se há retração na pele ou qualquer outra alteração nas mamas;
  • Com a ponta dos dedos, apalpe os seios em movimentos circulares;
  • Não se esqueça de apalpar a região das axilas;
  • Depois, esprema o bico do seio e verifique se sai algum líquido;
  • Notou algo fora do normal, como um nódulo, retração na pele ou líquido saindo do bico do seio? Procure seu médico!

Além de estar atenta ao próprio corpo, também é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.

A IMPORTÂNCIA DOS TESTES GENÉTICOS 

Vale lembrar que pessoas com mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 são mais suscetíveis ao câncer de mama, é o que mostra uma pesquisa que identificou mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 em até 30 % dos casos de câncer de mama hereditário. Pacientes com uma destas mutações apresentam um risco para desenvolver câncer de mama ao longo da vida que pode variar entre 45 e 80%. Sendo assim, ter casos de câncer de mama em parentes de primeiro e segundo graus de um mesmo lado da família (materno ou paterno) e com idade menor do que 50 anos é um forte indício de que há uma alteração genética aumentando significativamente o risco de novos casos entre membros desta família. Por isso, a identificação da variante patogênica é essencial para prever o prognóstico e decidir pela melhor conduta terapêutica. 

Aqui no Gerardo Trindade você pode realizar seu teste genético com total segurança!