Mês: maio 2019

Dia Internacional de Combate ao Fumo: relação entre o câncer e o cigarro

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o país soma 28.220 novos casos de tumores pulmonares ao ano, mas a relação entre câncer e cigarro não se limita só ao pulmão. O cigarro é a causa direta de mortes por diversos tipos de câncer: boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo de útero, estômago e fígado, por doença coronariana (angina e infarto), cerebrovasculares (acidente vascular cerebral).

Em apenas 10 cm de cigarro o fumante inala mais de 4.720 substâncias tóxicas, como: monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, naftalina e fósforo P4/P6 (usado para matar rato), além de 43 substâncias cancerígenas, sendo as principais: arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo, resíduos de agrotóxicos e substâncias radioativas (Polônio 210, por exemplo). Além disso, o hábito de fumar aumenta o risco de desenvolver outras doenças, como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata, entre outras.

As pessoas que convivem com fumantes também são afetadas, porque a terrível fumaça que sai do cigarro se espalha no ambiente com três vezes mais nicotina, monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que o fumante inala. Além do mais, quem não fuma pode ter desde reações alérgicas, como rinite, tosse, conjuntivite e asma em curto período, até infarto do miocárdio, câncer do pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) em adultos expostos por longos períodos. Em crianças o número de infecções respiratórias aumenta.

Não existe dose segura de cigarro e, por isso, a decisão de parar precisa ser tomada o quanto antes. Confira 4 passos para parar de fumar:

– Decidir abandonar o cigarro de vez: é preciso acreditar que os benefícios superam a ilusão de prazer imediato. Mesmo após anos fumando, em apenas 20 minutos sem cigarro, a pressão arterial volta ao normal e a frequência do pulso cai aos níveis adequados, assim como a temperatura das mãos e dos pés são normalizadas. Em 8 horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue ficam regulados e o de oxigênio aumenta.

Em 24 horas, o risco de se ter um acidente cardíaco relacionado ao fumo diminui. Após apenas 48 horas, as terminações nervosas começam a se recuperar e os sentidos de olfato e paladar melhoram. De duas semanas a três meses, a circulação sanguínea melhora consideravelmente. Caminhar torna-se mais fácil e a função pulmonar melhora em até 30%.

De um a nove meses, os sintomas comuns em fumantes – tosse, rouquidão e falta de ar – ficam mais tênues. Além disso, os cílios epiteliais começam e aumentam a capacidade de eliminar muco, limpando os pulmões. Por isso, a pessoa fica mais disposta para realizar atividades físicas.

Em cinco anos, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão de uma pessoa que fumou um maço de cigarros por dia diminui em pelo menos 50%. Quinze anos após parar de fumar, especialistas afirmam que é possível assegurar que os riscos de desenvolver câncer de pulmão se tornam praticamente iguais aos de uma pessoa que nunca fumou.

– Buscar ajuda: muitas pessoas têm um padrinho, ou seja, uma pessoa que serve de apoio para essa grande decisão. Além disso, é importante buscar ajuda médica!

– Escolher a data: marque no calendário a data escolhida para parar de fumar e, até chegar lá, procure se livrar dos gatilhos para o fumo.

– Ter um plano: para muitos fumantes é mais fácil escolher a data definitiva para parar, mas essa não precisa ser a regra. Na verdade, existem outras formas: diminuir o cigarro gradativamente, o que ajuda o organismo a tolerar a falta de nicotina ou, ainda, atrasar 1h o cigarro em relação ao horário que você costuma recorrer a ele. Cada pessoa lida com essa decisão de uma forma, mas é muito importante que você leve a sério. Afinal, a vida é feita de escolhas!

– Lidar com a abstinência: nada de manter recordações, jogue fora cinzeiros, isqueiros e embalagens; procure ingerir bastante líquido; recorra a balas sem açúcar, caso necessário, pratique algum tipo de atividade física e separe o dinheiro que você habitualmente usaria para comprar cigarro e compre um presente pra você!

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Dia Mundial da Tireoide: hipotireoidismo e hipertireoidismo

A tireoide é uma glândula em forma de borboleta, que fica localizada no pescoço, logo abaixo da região conhecida como Pomo de Adão. Ela age na função de órgãos importantes como coração, cérebro, fígado e rins, além de interferir no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, peso, memória, concentração, humor e controle emocional.

É muito importante que a tireoide esteja funcionando bem, para garantir o equilíbrio do organismo. Quando isso não ocorre, a glândula pode liberar hormônios em excesso, dando origem ao hipertireoidismo, ou em quantidade insuficiente, caso do hipotireoidismo. Estas disfunções são, na maioria dos casos, geneticamente herdadas. O hipotireoidismo é a alteração mais frequente da tireoide, sua prevalência em mulheres é em torno de 10% e aumenta na menopausa. Em homens é menos frequente, sua prevalência é em torno de 3%.

No hipertireoidismo o corpo começa a funcionar rápido demais: a pessoa tende a ficar agitada, com os batimentos acelerados, o intestino solto, o sono é frequentemente interrompido e a pessoa acaba dormindo pouco, pois se sente com muita energia. Já no hipotireoidismo os processos do corpo passam a ser mais lentos: os batimentos cardíacos ficam mais lentos, a memória fica comprometida, as dores musculares, articulares e a sonolência aparecem, a pessoa ganha peso e os níveis de colesterol no sangue aumentam.

Sintomas: Hipertireoidismo e Hipotireoidismo | Reprodução: Ministério da Saúde

Frequentemente, as pessoas têm dúvidas sobre a relação entre emagrecimento ou ganho de peso e problemas na tireoide. É importante dizer que uma pessoa não é gorda ou magra porque tem uma disfunção na glândula. As disfunções causam alterações transitórias de peso, enquanto o paciente não receber o tratamento adequado. Por outro lado, quando o tratamento é iniciado, o peso vai depender do tipo de alimentação e gasto calórico, como ocorre com qualquer pessoa saudável.

A alimentação influencia diretamente no funcionamento da tireoide, porque ela utiliza o iodo ingerido na dieta para a produção dos hormônios. Dessa forma, uma alimentação adequada deve fornecer cerca de 150 microgramas de iodo por dia, quantidade suficiente para a produção dos hormônios tireoidianos. É fundamental evitar alimentos que podem fornecer uma quantidade exagerada de iodo, como medicamentos, vitaminas ou alimentos como frutos do mar ou pães industrializados, que causam disfunção na tireoide. Confira abaixo uma relação de alimentos iodados:

– Alga marinha / algas secas – 1 folha inteira seca: 19 a 2.984 microgramas

– Bacalhau (selvagem) – 3 colheres: 99 microgramas

– Peixes – 2 fatias: 35 microgramas de iodo

– Salmão – porção de 100 gramas: 71 microgramas de iodo

– Camarão – porção de 85 gramas: 35 microgramas de iodo

– Lagosta – porção de 100 gramas: 100 microgramas de iodo

– Atum – 1 pode em óleo: 17 microgramas

– Peito de peru assado – porção de 85 gramas: 34 microgramas de iodo

– Ovos – 1 grande: 24 microgramas

– Ameixa – 5 ameixas secas: 13 microgramas

– Ervilhas verdes – 1 xícara cozida: 6 microgramas

– Berbigão – porção de 100 gramas: 160 microgramas de iodo

– Mexilhão – porção de 100 gramas: 120 microgramas de iodo

– Vagem – 2 xícaras: 3 microgramas de iodo

– Banana – 1 média: 3 microgramas

– Morango – 1 xícara: 13 microgramas

– Cranberries – porção de 113 gramas: 400 microgramas de iodo

O excesso de iodo crônico pode causar o hipotireoidismo, enquanto uma sobrecarga aguda de iodo pode causar tanto o hipo quanto o hipertireoidismo. Por outro lado, a falta de iodo também pode provocar problemas, como o hipotireoidismo e o desenvolvimento do bócio endêmico, popularmente chamado de papo. Trata-se de qualquer aumento da tireoide, seja de forma difusa ou nodular. No Brasil, o bócio endêmico é mais raro devido à inclusão do iodo no sal de cozinha.

As gestantes devem dar uma atenção especial à ingestão de iodo,consumindo cerca de 250 microgramas todos os dias. A deficiência do iodo pode causar alterações cognitivas no feto e problemas obstétricos.

O hormônio que estimula a tireoide é o TSH, que é produzido pela hipófise e controla o funcionamento na glândula. No hipotireoidismo, o TSH fica elevado para estimular a glândula e fica suprimido quando ela está funcionando rapidamente.  Dessa forma, o TSH, o T4 e o T3 são utilizados em conjunto para avaliar a função tireoidiana, sendo o TSH o exame mais completo. O valor ideal, na maioria dos testes, para o TSH no sangue, é de 0,4-4,0 mUI/L, em adultos. Porém, em crianças, gestantes e idosos os valores podem ser diferentes.

O tratamento de hipotireoidismo é feito com reposição hormonal, mas só pode ser indicado a partir da avaliação clínica do paciente. Já no hipertireoidismo há mais de uma opção terapêutica: a medicação, o iodo radioativo ou cirurgia. O objetivo da medicação é diminuir a produção de hormônio tireoidiana pela glândula e, em casos mais graves, caso ocorra intolerância ao medicamento, há a indicação do tratamento radioativo – que provoca redução no volume da tireoide e hipotireoidismo. Sendo, neste caso, necessária a reposição hormonal – ou cirurgia, indicada quando há presença de bócios volumosos e nódulos tireoidianos suspeitos.

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Cuidados essenciais para a saúde dos olhos

Cerca de 50 milhões de brasileiros sofrem algum tipo de distúrbio de visão, segundo a Organização Mundial de Saúde. Isso alerta para a necessidade de um olhar mais atento para a saúde dos olhos.

Muitas pessoas recorrem ao oftalmologista somente quando enfrentam algum tipo de problema ou enfermidade, mas através de hábitos preventivos é possível evitar que eles apareçam. Confira nossas dicas para evitar o surgimento de problemas oculares!

1- Evite coçar os olhos

Esse hábito é instintivo, mas os olhos possuem uma estrutura frágil e a pressão exercida nessa região pode causar lesões e danos mais sérios. Além disso, as mãos podem conter germes que, em contato com os olhos, podem causar conjuntivite e causar ferimentos. Se a coceira insistir em aparecer é importante procurar um oftalmologista para avaliar a causa.

2- Não durma sem remover a maquiagem

Às vezes o cansaço é tanto que uma atitude simples, como remover a maquiagem antes de dormir, parece ser uma coisa muito trabalhosa. Por outro lado, esse mau hábito pode irritar a região dos olhos e até mesmo provocar inflamações. O terçol, por exemplo, é um problema muito comum e surge mais próximo aos cílios, na borda da pálpebra, e apresenta vermelhidão, inchaço e incômodo. Embora ele suma em algumas semanas, acaba gerando um incômodo que poderia ser evitado com a boa higienização da região dos olhos.

3- Dose o nível de açúcar do seu sangue

O aumento de açúcar no sangue é responsável por diversos problemas não só na saúde, mas na vista – principalmente em quem possui diabetes tipo 1 ou 2. As pessoas que têm diabetes apresentam um risco de perder a visão 25 vezes maior do que as que não possuem a doença. O alto consumo de açúcar pode, por exemplo, causar uma retinopatia diabética, que atinge mais de 75% das pessoas com diabetes há mais de 20 anos. Como se trata de uma doença silenciosa, o único sintoma costuma ser a vista embaçada. No entanto, caso não tratada, pode provocar hemorragia interna e cegueira irreversível. Um simples exame de sangue, a partir da dosagem de glicemia, serve para medir o nível de açúcar no seu sangue e monitorar o tratamento de diabetes.

4- Abandone o cigarro

O cigarro possui mais de quatro mil substâncias cancerígenas e a fumaça que vai em direção aos olhos pode causar muitos problemas na vista, como inflamações, olhos secos, coceira e sensação de corpo estranho. Além disso, o tabaco pode prejudicar a transparência do cristalino e acelerar o processo de opacificação dessa estrutura. Como consequência, surge a catarata. Aliás, quem fuma tem três vezes mais chances de desenvolver a catarata.

5- Procure ter hábitos saudáveis

Ter uma alimentação saudável e praticar algum tipo de atividade física é fundamental para ter uma boa saúde ocular. A obesidade, o diabetes e a hipertensão podem causar problemas nos olhos e, em alguns casos, se o problema não for detectado precocemente, o agravamento dessas doenças pode levar à cegueira. Além disso, a hipertensão pode provocar o desenvolvimento de quadros de glaucoma.

6- Pisque mais os olhos

Esse hábito instintivo ajuda a lubrificar as córneas, evitando o ressecamento dos olhos e outros problemas na região ocular. Procure dar uma atenção especial a este hábito, principalmente se você trabalhar muitas horas olhando para um ponto fixo, como um computador.

7- Cuidado com as lentes de contato

Lave bem as mãos antes e depois de colocá-las e mantenha a higienização do estojo de lentes em dia, lembrando de descartar as lentes de contato antes do prazo de validade para evitar inflamações e infecções.

8- Não use colírios sem prescrição médica

O uso de colírios só deve ser feito por prescrição médica, já que ele mascara sintomas importantes para identificar problemas na região ocular. Aliás, quando os colírios são usados por muito tempo podem causar graves problemas colaterais, como o aumento da pressão intraocular, a piora do ressecamento dos olhos e a aceleração de doenças como catarata e glaucoma. Por isso, não considere a possibilidade de comprar nenhum tipo de colírio sem antes consultar um oftalmologista.

9- Fuja da compra de óculos de grau em feiras e camelôs

A compra de óculos de grau em feiras e camelôs é muito arriscada, porque não existe um oftalmologista realizando uma consulta que identifique problemas como glaucoma, por exemplo. Por isso, é comum que algumas pessoas passem a vida inteira somente trocando de grau, acreditando que estão enxergando melhor, mas que descobrem em uma consulta que, na realidade, enfrentam um problema maior. Compre sempre em lojas especializadas depois de passar pela avaliação de um oftalmologista.

10- Evite ficar muito tempo no computador

Passar muito tempo diante do computador ou da televisão pode causar vista cansada, coceira, lacrimejamento, além de dificuldade para focalizar imagens. O ideal é fazer intervalos de hora em hora e manter uma distância de, pelo menos, 50cm do monitor.

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