Quais papais e mamães não ficam curiosíssimos para saber o sexo do bebê assim que o teste aponta que estão “grávidos”? O prazer de poder já chamar o pequenino da barriga pelo nome, escolher as roupinhas adequadas, ou até mesmo decorar o quarto de acordo com o sexo do bebê , são desejos de quase todos os pais.

O que acontece, na maioria das vezes, é que papai e mamãe tem que esperar até mais ou menos a décima terceira semana de gestação para realizar uma ultrassonografia e, assim, saber o sexo do bebê. E tem ainda o risco do bebê ser muito “tímido” ou “travesso” ficando de perninhas fechadas, dificultando a visualização do sexo na ultrassonografia.

Para os papais e mamães mais ansiosos, já existe um exame realizado a partir da décima semana que aponta o sexo do bebê com quase 100% de acerto. Esse exame chama-se Sexagem Fetal e não é um exame invasivo.

A sexagem fetal é feita pela amostra de sangue da mamãe. Não precisa de jejum e nem de preparação anterior ao exame. Retira-se mais ou menos 20 ml de sangue da mamãe, através do qual é analisado o DNA do feto. No plasma materno existe DNA do feto transferido pela placenta, é esse DNA que é analisado para saber se existe ou não o cromossomo Y.

A mulher tem dois cromossomos sexuais X e o homem tem um cromossomo X e um Y. Se no DNA do feto for encontrado um cromossomo Y pode-se dizer que será um menino. Se não houver esse cromossomo, será uma menina.

No caso de gêmeos, o resultado positivo para “Y” significa que ao menos um dos gêmeos será menino. Se o resultado der ausência de cromossomo “Y” pode-se dizer que ambas são meninas.

A Sexagem Fetal tem quase 100% de acerto se for realizado a partir da décima semana gestacional. Antes há maior risco de erro. Um cuidado importante para que não haja erro no exame é que a pessoa que irá colher o sangue da mãe e que manipulará a amostra seja mulher, para evitar a possibilidade de contaminação da amostra com o cromossomo “Y”.

No Brasil, esse teste é usado somente para a identificação do sexo dos bebês, mas a metodologia de avaliação do DNA fetal circulante no sangue da mãe também pode ser usada para identificar algumas doenças, substituir outros exames que são mais invasivos e até para a realização do cariótipo fetal. É o chamado de teste pré-natal não invasivo, que possibilita o diagnóstico precoce de, por exemplo, síndrome de Down (alteração no cromossomo 21) e síndrome de Edwards (alteração no cromossomo 18).