Em parceria com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a Pesquisa Nacional de Saúde realizada pelo Ministério da Saúde entre 2013 e 2014, mostra que a população brasileira está preferindo alimentos mais gordurosos na hora de se alimentar.

De acordo com os dados, cerca de 60% dos alimentos com maior teor de gordura fazem parte da alimentação diária da população. Na pesquisa realizada com 63 mil pessoas em todo o país, 37,2% dos entrevistados disseram que gostam de alimentos gordurosos.

Diante da necessidade de falar sobre um tema tão importante como este, separamos algumas dicas para ajudá-lo a criar hábitos mais saudáveis, porque a frase “Você é o que você come” sempre esteve certa. Vamos lá?

  • Faça as refeições com calma – Seu organismo precisa de tempo para processar os alimentos. Grande parte das enzimas digestivas (50%) são secretadas por estímulos sensoriais (visão, olfato, tato, paladar). Por isso, comer com calma é tão importante;
  • Mastigue bem os alimentos – A digestão tem início na boca com a trituração dos alimentos e a ação da salivação. A mastigação deve tornar o alimento pastoso, facilitando o processo digestivo. Quando há ansiedade, o controle da ingestão de alimentos é prejudicado e, muitas vezes, comemos mais. Quando mastigamos bem, automaticamente, estamos trabalhando com a ansiedade e promovendo a saciedade fisiológica (verdadeira);
  • Líquidos x Refeição – Beber água, sucos ou refrigerantes durante as refeições dilui o suco gástrico e pode aumentar o volume do estômago. Se você não consegue comer sem ingerir algum líquido, opte por diminuir o volume ingerido aos poucos, até chegar ao limite máximo de 100 mL de líquido por refeição.
  • Crie horários para as refeições – Isso permite que nosso organismo mantenha um ritmo, com estabilidade nutricional e hormonal;
  • Alimente-se a cada 3 horas – Nosso cérebro precisa de aporte constante de glicose (carboidrato). A inconstância em receber esse nutriente resulta em indisposição. Além disso, comendo de 3 em 3 horas, a fome e a voracidade se mantêm sob controle, evitando episódios de compulsão alimentar;
  • Consuma alimentos integrais – Eles contêm diversos nutrientes e são excelentes para manter os níveis de glicemia (açúcar no sangue). Além disso, possuem fibras que servem de alimento para as bactérias benéficas do intestino, ajudando no controle do colesterol e na saciedade;
  • Consuma frutas e hortaliças – Eles são ótimas fontes de fibras, vitaminas e minerais. Contém também fitoquímicos, que são excelentes antioxidantes (protetores das nossas células);
  • Evite alimentos refinados – Os alimentos considerados brancos (pão, açúcar, trigo, arroz), além de não conter mais a sua película – onde estava a maioria dos nutrientes – também passam por um processo químico chamado de branqueamento. Neste processo, diversas substâncias químicas são adicionadas, com potencial efeito negativo para nosso organismo. Os alimentos refinados não alimentam nossas bactérias “boas”. Assim, poderá favorecer o crescimento das bactérias patogênicas (ruins) e desequilibrar nossa flora intestinal;
  • Ingira líquido – A ingestão de líquidos durante o dia faz com que nosso corpo se mantenha bem hidratado e ajude o organismo a transportar os nutrientes de que precisamos.
  • Evite os industrializados, processados e embutidos – Estes produtos contêm inúmeras substâncias químicas que não são reconhecidas pelo nosso organismo. O consumo desses alimentos em quantidade excessiva demanda trabalho do fígado para neutralizar corantes, conservantes, etc, e depois eliminá-los, muitas vezes com auxílio dos rins. Alguns produtos com potencial efeito cancerígeno podem ser recebidos pela ingestão desses produtos ou serem produzidos no processo de desintoxicação.

Uma dica é começar com os hábitos mais fáceis para você adotar no seu dia a dia. A partir disso e verificando a listagem acima, pergunte a si mesmo: Quais desses hábitos posso incorporar imediatamente a minha rotina? Procure incorporar aos poucos os demais; com persistência, é uma questão de tempo.

Lembre-se que uma alimentação saudável pode e deve ser gostosa e as informações fornecidas aqui são apenas uma orientação geral, o que pode não se aplicar a casos específicos. Consulte uma nutricionista.