No Brasil, os homens vivem em média sete anos a menos que as mulheres (IBGE). Essa disparidade reforça a necessidade de cuidar da saúde de forma geral, que geralmente é uma preocupação somente das mulheres.
Durante o Novembro Azul, o câncer de próstata – tipo mais comum depois do câncer de pele não melanoma – recebe uma atenção especial. Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), foram previstos 68.220 novos casos da doença no país para 2018.
A próstata é uma glândula que se encontra debaixo da bexiga e em frente ao reto, envolvendo a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. Ela produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozóides, liberado durante o ato sexual.
A prevenção começa pelos bons hábitos; alimentação equilibrada, atividades físicas e o não consumo de álcool e cigarro. É comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal – ajuda a diminuir o risco de câncer. A prática de atividades físicas pelo menos 30 minutos por dia, a preocupação com o peso adequado e o não consumo de álcool e cigarro também são hábitos fundamentais quando o assunto é prevenção.
Os fatores de risco também são importantes para reconhecermos a necessidade de acompanhamento médico. Tanto a incidência como a mortalidade do câncer de próstata aumentam após os 50 anos. O histórico familiar também merece atenção, porque aumentam significativamente o risco de desenvolver a doença. Neste caso, os homens devem iniciar a rotina de exames a partir dos 40 anos. Já aqueles que não possuem casos na família podem começar o acompanhamento médico regular, a partir dos 50 anos.
Como nem sempre o câncer de próstata apresenta sinais, uma saída é a realização de exames de rastreamento (PSA e toque retal). O PSA, ainda desconhecido por muitos homens, é uma medida de diagnóstico precoce. Trata-se de uma substância produzida pelas células da próstata. Quando há um aumento do número de células produtoras, como no caso do câncer de próstata e da inflamação da próstata, o PSA é elevado e serve como indicador dessas alterações (medida considerada normal: quatro nanogramas por mililitro).
Quando a doença apresenta sintomas é muito fácil confundir com o crescimento benigno da próstata, ou seja, dificuldade de urinar, urgência de urinar mais vezes, pouco fluxo urinário ou demora para começar a urinar e sensação de que a bexiga não esvazia completamente.
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