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Triagem de infecção por SARs CoV 2 em empresas

Atualmente, julho de 2020, estima-se que em torno de 10 a 15% de pessoas já tiveram contato com o vírus SARs CoV 2 no Brasil. Testando-se 100 pessoas espera-se que, destas,  10 a 15 pessoas apresentem anticorpos contra o vírus da Covid-19, independentemente de terem ou não sintomas suspeitos:

  • IgA e IgM: anticorpos encontrados na fase inicial da infecção, na qual a pessoa pode transmitir o vírus. Surgem por volta do 7º dia após o início dos sintomas, sendo mais facilmente detectados a partir de 10 dias destes.
  • IgG: anticorpos de convalescência, onde a pessoa está imunizada e não transmite o vírus. Surgem por volta do 14º dia de contato com o vírus

Em alguns momentos da infecção serão observados ao mesmo tempo os três anticorpos. Enquanto houver persistência dos anticorpos IgA e IgM é importante verificar se é encontrado na região nasofaríngea o RNA do vírus ou a proteína do nucleocapsídeo do vírus, chamada de antígeno viral. 

FASE AGUDA

  • IgA e IgM reagentes
  • IgG não reagente
  • pesquisa de antígeno viral e RT-PCR positivos

FASE CONVALESCENTE/CURA

  • IgA e IgM não reagentes
  • IgG reagente
  • pesquisa de antígeno viral e RT-PCR negativos

Seguindo esta lógica,  o Laboratório Gerardo Trindade oferece exames que podem auxiliar o gestor na detecção do funcionário que está na fase inicial e infectante da Covid-19 e também no reconhecimento dos funcionários que já tiveram contato com o vírus e que não são mais potenciais transmissores do vírus aos colegas. Realizado diretamente no Gerardo Trindade, com tempo de liberação de até uma hora,  oferecemos o exame “pesquisa quantitativa e automatizada de anticorpos IgG/IgM”. O exame consegue diferenciar e quantificar qual imunoglobulina está sendo detectada na amostra: IgM ou  IgG. Quando o resultado for IgG reagente  e IgM não reagente, infere-se que o funcionário já teve contato com o vírus e está imunizado, estando liberado para o  retorno ao trabalho, sem perigo de infectar outros colegas, por exemplo. Com esta informação em mãos evita-se a perda de produtividade na empresa. Devido à maior possibilidade de falso-regente na pesquisa de IgM recomenda-se, em casos de IgM reagente,  a realização da pesquisa de antígeno viral para concluir o diagnóstico de infecção por SARs CoV 2. Resultado de antígeno negativo exclui diagnóstico de infecção por SARs CoV2. Já o resultado de antígeno positivo confirma diagnóstico. Neste caso, colocar o funcionário deve ser afastado do trabalho por 14 dias e realizar sorologia IgG/IgM novamente após o período para verificar se houve soroconversão (desaparecimento de IgM e surgimento de IgG), antes da volta ao trabalho.

Em parceria com o laboratório de apoio Diagnóstico Brasil, com tempo de liberação de 3 dias úteis,   oferecemos o exame “pesquisa de imunoglobulinas totais anti-SARs CoV 2”. O exame não diferencia qual imunoglobulina está sendo detectada na amostra: IgA, IgM ou  IgG. Quando o resultado for reagente – em aproximadamente 10 a 20% dos resultados – existem dois caminhos para saber como conduzir a situação: realizar a “pesquisa de antígeno viral” no funcionário. Se o resultado da pesquisa de antígeno for positivo, isola-se o funcionário por 14 dias para evitar a transmissão do vírus para os outros funcionários. Se o resultado da pesquisa de antígeno for negativo, o funcionário está liberado para o  retorno ao trabalho, sem perigo de infectar outros colegas e sem prejudicar a produção da empresa. O outro caminho é realizar a “pesquisa quantitativa e automatizada de anticorpos IgG/IgM”, para definir qual o anticorpo foi detectado e basear a tomada de decisão de afastamento ou não do trabalho no resultado deste exame.

A diferença entre os dois exames é o tempo de liberação e custo. A “pesquisa quantitativa e automatizada de anticorpos IgG/IgM”, apesar de ter um custo um pouco maior, é liberada no mesmo dia, enquanto a “pesquisa de imunoglobulinas totais anti-SARs CoV 2” é liberada em até 3 dias úteis.  Os dois exames conseguem fazer uma triagem dos funcionários que necessitam realizar mais exames para concluir o diagnóstico, minimizando custos com exames e perda de receitas por afastamento desnecessário de funcionários. Em empresas com um grande número de funcionários indica-se, para minimizar os custos com a testagem da equipe, a “pesquisa de imunoglobulinas totais anti-SARs CoV 2” em todos os funcionários. Além disso é recomendado realizar a confirmação com os outros exames nos 10 a 20% dos que testarem positivo. 

Conte com o Laboratório Gerardo Trindade para cuidar da sua saúde!

Saúde do homem: andropausa

Andropausa é um termo criado por analogia com menopausa nas mulheres. Ao contrário das mulheres, os homens não têm uma sinalização clara (como a parada da menstruação) para marcar essa mudança. Ambos, no entanto, assemelham-se por uma queda nos níveis hormonais: estrogênio na mulher e  testosterona no homem, principalmente. A andropausa é comum em pelo menos 20% dos homens com idade entre 60 e 70 anos e pode iniciar a partir dos 50 anos. As mudanças físicas ocorrem muito gradualmente e podem ser acompanhadas de mudança de humor, fadiga, perda de energia, do impulso sexual e da agilidade física. 

Por ser uma alteração muito mais lenta e sem um momento claro de início, o termo andropausa é uma designação inapropriada para esse quadro resultante da redução progressiva da produção dos andrógenos, principalmente a testosterona. Uma designação mais adequada é Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM). Com a idade, esse declínio nos níveis de testosterona irá ocorrer em praticamente todos os homens. Apesar disso, não há maneira de prever quem vai ter sintomas de andropausa / DAEM de gravidade suficiente para procurar ajuda médica. Também não é previsível em que idade os sintomas irão ocorrer em um indivíduo em particular. Os sintomas em cada homem podem ser também diferentes.

Sinais e sintomas da andropausa/DAEM

Além dos sintomas desconfortáveis, estudos mostram que esta diminuição da testosterona pode aumentar o risco para outros problemas de saúde como anemia, sarcopenia (diminuição de massa muscular), doenças cardíacas e osteoporose. Uma vez que tudo isso acontece em um momento da vida quando muitos homens começam a questionar seus valores, realizações e direção na vida, é difícil de perceber que as mudanças que ocorrem possam estar relacionadas com o declínio da testosterona.

Existe grande variabilidade nos níveis de testosterona em homens saudáveis. Por isso nem todos irão sentir as mesmas alterações na mesma medida. As manifestações típicas para níveis baixos de testosterona incluem:

* Redução da libido – redução no desejo sexual;

* Disfunção erétil – ereção inadequada;

* Redução do número de espermatozóides e da fertilidade;

* Redução do volume dos testículos;

* Diminuição da massa muscular e redução da força muscular;

* Aumento da gordura corporal visceral;

* Maior chance de desenvolver osteoporose;

* Sintomas semelhantes aos da menopausa nas mulheres – ondas de calor, irritabilidade, sintomas depressivos e piora da capacidade de concentração.

Alguns exames são importantes para fechar o diagnóstico de DAEM:

* Testosterona total e livre

* SHBG

* FSH

* LH 

Tratamento com Reposição de Testosterona

Em muitos casos, a reposição de testosterona em homens com andropausa / DAEM pode ser eficaz e benéfica. Não é para todos os homens, é claro, mesmo aqueles que apresentam os sintomas sugestivos podem ter outros problemas de saúde na raiz de tudo. Por isso você deve conversar com seu médico sobre a possibilidade de terapia com testosterona.

Os objetivos com a reposição de testosterona são:

* Melhora do Humor e Sensação de Bem-Estar;

* Aumento da Energia Física e Mental;

* Diminuição da Raiva, Irritabilidade, Tristeza, Cansaço e Nervosismo;

* Melhoria da qualidade do sono;

* Aumento da Libido e uma Melhora do Desempenho Sexual;

* Aumento da Massa Magra e a Diminuição da Massa Gorda;

* Aumento na Força Muscular Melhora na Densidade Óssea;

Informação de qualidade e decisão terapêutica compartilhada médico-paciente são a base para condutas mais adequadas ao longo do tempo.

Hepatites virais: entenda as semelhanças e diferenças

Você com certeza já ouviu falar a respeito das hepatites virais. São doenças infecciosas sistêmicas que afetam o fígado reconhecidas por cinco tipos diferentes de vírus: o vírus da hepatite A (HAV), o vírus da hepatite B (HBV), o vírus da hepatite C (HCV), o vírus da hepatite D ou delta (HDV) e o vírus da hepatite E (HEV).

Enquanto as hepatites A e E são transmitidas pela via oral-fecal e causam infecções agudas benignas, que passam sem a necessidade de tratamento específico, as hepatites B, C e D podem evoluir para uma hepatite crônica e silenciosa,  causando complicações como a cirrose e o carcinoma hepatocelular, ou seja, o câncer no fígado.

A prevenção é o melhor caminho para evitar que as hepatites virais façam parte da nossa vida. No caso da hepatite A, por exemplo, que é transmitida por alimentos e pelo contato pessoal, a higiene é imprescindível: lave muito bem as mãos antes e após ir ao banheiro e comer; lave os alimentos que serão consumidos crus e cozinhe bem os demais, principalmente carnes brancas e vermelhas. 

No caso das outras hepatites, que são transmitidas pelo sangue, é fundamental não compartilhar de maneira alguma objetos de uso pessoal, ou seja, barbeadores, escovas de dentes, utensílios de manicure, além de usar sempre camisinha em todas as relações sexuais e ter a certeza de que os materiais dos estúdios de tatuagens que você frequenta são todos descartáveis. 

As vacinas também tem papel fundamental na prevenção das hepatites A e B. As crianças, por exemplo, tomam a primeira dose de vacina para hepatite B já ao nascer e repetem a dose aos 2 e aos 6 meses. Já a vacina para hepatite A é aplicada quando a criança completa 1 aninho. Consulte o calendário de vacinação infantil e fique atento! No caso dos adultos são necessárias três doses de hepatite B e duas de hepatite A. Importante, no caso da vacina para hepatite B, confirmar se a imunização foi eficiente. A dosagem do anticorpo anti-HBS é um marcador essencial e deve ser feita após terminar o ciclo de vacinação da hepatite B.

É muito comum que as pessoas infectadas pelas hepatites virais não apresentem nenhum sintoma, por isso é fundamental a realização de exames de triagem periodicamente para detectar a doença precocemente. Anualmente, são indicados os exames HBsAg (hepatite B) e HCV, anti (hepatite C), além da análise da função hepática (TGO, TGP e GGT). Os exames de triagem são extremamente sensíveis, e justamente esta característica pode levar a resultados falso-positivos. Logo, quando um teste de triagem for reagente, devem ser feitos outros testes para confirmar o diagnóstico, como testes moleculares (PCR) para detectar o vírus e quantificar a carga viral. No caso da hepatite C, ainda é necessário identificar o genótipo do vírus HCV (tipo e subtipo), para definir a terapia medicamentosa que será usada.

Quer saber mais um pouco sobre os exames utilizados na triagem, diagnóstico e acompanhamento das hepatites virais? Em nosso blog temos outro texto com muitas outras informações! 

Conte com o Gerardo Trindade para cuidar da sua saúde!

Covid-19: por que o exercício é fundamental para diabéticos

Em tempos que somos convidados a repensar nossos hábitos de vida, os indivíduos com Diabetes se veem no grupo de risco frente a esta nova pandemia. Fato este comprovado em estudos recentes em indivíduos que contraíram a Doença por Coronavírus 2019 (COVID-19).

Indivíduos com diabetes mellitus (DM), hipertensão e obesidade grave (IMC ≥ 40 kg / m2) são mais propensos a serem infectados e apresentam maior risco de complicações e morte por COVID-19. Curiosamente, os indivíduos com diabetes possuem um risco aumentado para  Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e Síndrome Respiratória do Meio Leste (MERS (CDC, 2020).

Em estudo conduzido por Xiaobo Yang et al. (2020), o diabetes esteve presente dentre as comorbidades mais prevalentes em 32 pacientes não sobreviventes de um grupo de 52 pacientes da unidade de terapia intensiva no hospital de Wuhan Jin Yin-tan (Wuhan, China)  com COVID-19. No estudo de Xiaobo o diabetes foi prevalente em 22% dos casos. Outro estudo conduzido por Guan et al. (2020) o qual  incluiu 1099 pacientes com COVID-19 , o diabetes mellitus apareceu em 16,2% dos casos (175 pacientes). Em um terceiro estudo coordenado por Zhangg et al. (2020), de 140 pacientes que foram admitidos no hospital com COVID-19, 12%(17 pacientes) tinham diabetes. 

Notavelmente, dentre as comorbidades mais frequentes relatadas nesses três estudos de pacientes com COVID-19 o diabetes sempre esteve entre as 3 comorbidades mais frequentes.

Indivíduos com Diabetes têm maior chance de infecção pela covid-19?

A resposta é sim! É fato que níveis altos de glicose e o diabetes são preditores independentes de mortalidade em pacientes com SARS. Os mecanismos potenciais que podem aumentar a suscetibilidade a COVID-19 em pacientes com DM incluem: 

1) maior ligação celular por afinidade e entrada eficiente do vírus;

2) diminuição da depuração viral, ou eliminação do vírus;

3) diminuição da função das células T ou células de defesa imunológica;

4) aumento da suscetibilidade à hiperinflamação e tempestade de citocinas;

5) presença de doença cardiovascular (DCV).

Exercício como ferramenta do controle da glicemia e melhoria do sistema imunológico

De acordo com Associação Americana de Diabetes (ADA), a adoção e manutenção da atividade física como hábito são focos críticos para o gerenciamento da glicose no sangue e a saúde geral em indivíduos com diabetes e pré-diabetes. A atividade física inclui todo movimento que aumenta o gasto de energia, enquanto o exercício é planejado, ou seja, uma atividade física estruturada. O Exercício Físico melhora o controle da glicemia no diabetes tipo 2, reduz fatores de risco cardiovascular, contribui para a perda de peso e melhora o bem-estar.

A prática de exercício físico é determinante na prevenção do diabetes tipo 2 e no tratamento de todas as formas de diabetes mellitus (DM). Benefícios adicionais incluem a redução do risco cardiovascular, promoção do bem-estar e controle do peso corporal e da adiposidade. Ainda assim, constata-se que o exercício físico não vem sendo rotineiramente prescrito, tampouco orientado de maneira adequada, para o indivíduo com DM (SBD, 2020). 

Além disso, fatores como a resistência à prática do exercício, o receio das hipoglicemias e a incapacidade de gerenciar a terapia nutricional e farmacológica são algumas das restrições que afastam os indivíduos com diabetes da prática esportiva. Algumas estratégias podem aumentar a adesão e manutenção do exercício físico, como estabelecer metas específicas e usar ferramentas de automonitorização. Para isso segue o passo a passo para que o diabético realize o exercício físico com segurança e possa ter benefícios relacionados à sua condição:

  1. O primeiro passo é a consulta médica e acompanhamento regular por este profissional e consequente liberação para a prática segura do exercício físico.
  2. Após a liberação médica realize o exercício físico sob a supervisão de um profissional graduado em Educação Física e de preferência especialista em exercício físico para grupos especiais (diabéticos, obesos, etc.). O ideal é solicitar seu número de registro no Conselho Federal de Educação Física e sua especialização nesta área;
  3. Realize juntamente com o acompanhamento do profissional de Educação Física o acompanhamento com um profissional em Nutrição. 

Com a glicemia sob controle o risco dos diabéticos apresentarem complicações e vir a óbito diminui substancialmente. E o exercício físico combinado com o acompanhamento médico e nutricional são ferramentas de extrema importância para o diabético conseguir estabilizar sua glicemia em níveis seguros nestes tempos de pandemia por Covid-19 e também após a pandemia. Se cuide, vai passar!

Rua da Bahia, 317 – Centro – Pirapora – MG

Contato: (38) 99837-2792

Referências bibliográficas:

Yang X, Yu Y, Xu J. Clinicalcourseandoutcomesofcriticallyillpatientswith SARS-CoV-2 pneumonia in Wuhan, China: a single-centered, retrospective, observationalstudy. Lancet Respir Med. 2020 doi: 10.1016/S2213-2600(20)30079-5. Published online Feb 24.

Guan W, Ni Z, Hu Y. Clinicalcharacteristicsofcoronavirusdisease 2019 in China. N Engl J Med. 2020 doi: 10.1056/NEJMoa2002032. Published online Feb 28.

Zhang JJ, Dong X, Cao YY. Clinicalcharacteristicsof 140 patientsinfectedby SARS-CoV-2 in Wuhan, China. Allergy. 2020 doi: 10.1111/all.14238. published online Feb 19.

Centers for DiseaseControlandPrevention. National Diabetes StatisticsReport, 2020. Atlanta, GA: Centers for DiseaseControlandPrevention, US Departmentof Health andHuman Services, 2020.

Yang JK, Feng Y, Yuan MY, Yuan SY, Fu HJ, Wu BY, Sun GZ, Yang GR, Zhang XL, Wang L, Xu X, Xu XP, Chan JC. Plasma glucose levelsand diabetes are independentpredictors for mortalityandmorbidity in patientswith SARS. DiabetMed 23: 623–628, 2006.

Diabetes Care 2016 Nov; 39(11): 2065-2079.https://doi.org/10.2337/dc16-1728

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade Brasileira dediabetes. 2019-2020 Rio de Janeiro: 2020. Disponível em:https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/DIRETRIZES-COMPLETA-2019-2020.pdf

Diabetes Canada ClinicalPracticeGuidelines Expert Committee, Sigal RJ, Armstrong MJ, Bacon SL, Boulé NG, Dasgupta K, Kenny GP, Riddell MC. PhysicalActivityand Diabetes.Can J Diabetes. 2018 Apr;42 Suppl1:S54-S63. ói: 10.1016/j.jcjd.2017.10.008.

Importância do check-up anual da tireoide: TSH e T4 livre

A tireoide é uma glândula responsável por regular importantes órgãos como coração, cérebro, fígado e rins. Essa glândula em formato de borboleta produz os hormônios T3 (Tri-iodotironina) e T4 (tiroxina), responsáveis pela organização metabólica. Cansaço excessivo sem explicação, desânimo e insônia podem ser sinais de que a tireoide não está funcionando bem. Quando isso acontece, ela pode liberar hormônios em excesso, provocando o hipertireoidismo ou em quantidade insuficiente, o que provoca o hipotireoidismo.

A função da tireoide é controlada pela glândula hipófise, localizada no cérebro. A hipófise produz o hormônio TSH (hormônio tireoestimulante),  que regula a liberação dos hormônios tireoidianos. É o TSH que dá o comando para a tireoide aumentar ou diminuir a produção dos hormônios T4 e T3. 

Os hormônios T3 e T4 são transportados no sangue pela proteína TBG – globulina transportadora de tiroxina –  e só são ativos quando estão desligados da proteína de transporte, por isso que normalmente T4 livre e T3 livre são mais solicitados pelos médicos.

Hipertireoidismo

O hipertireoidismo se desenvolve quando há uma produção excessiva dos hormônios da tireóide,T3 e T4, com diminuição do TSH para poder compensar a liberação excessiva dos hormônios tireoidianos. O hipertireoidismo também pode ser provocado por doença auto-imune – Doença de Graves – que leva à produção de anticorpos que ao entrar em contato com receptores de TSH na tireoide super estimulam a produção de hormônios T4 e T3. A doença geralmente apresenta sintomas como:

– batimentos cardíacos acelerados, mais de 100 por minuto;

– nervosismo, ansiedade e irritação;

– mãos trêmulas e sudoreicas;

– perda de apetite e peso;

– queda de cabelo;

–  unhas descamadas;

– fraqueza nos músculos, especialmente nos braços e coxas;

– intestino solto;

– alterações menstruais;;

– perda de cálcio dos ossos, com aumento do risco de osteoporose e fraturas.

Exames  importantes a serem realizados na suspeita de hipertireoidismo:

– T4 livre

– TSH

– TRAB

Hipotireoidismo

O hipotireoidismo se desenvolve quando há uma queda na produção dos hormônios da tireóide (T3 e T4). A doença costuma apresentar sintomas como:

– sonolência diurna;

– intestino preso;

– pele seca;

– queda de cabelo;

– ganho de peso;

–  alterações menstruais;

– unhas quebradiças;

– alterações de humor;

– depressão

O hipotireoidismo pode ser causado por doenças auto-imunes que produzem anticorpos produzidos contra a tireoide e seus componentes ou, ainda, contra a proteína que transporta os hormônios no sangue.

Exames importantes a serem realizados na suspeita de hipotireoidismo:

– T4 livre

– TSH

– TPO, ac anti

– Tireoglobulina

– Tireoglobulina, ac anti

– TBG

Como prevenir problemas na tireoide?

Hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e rotina de exercícios físicos, são muito importantes para prevenir qualquer doença. Não seria diferente com a tireoide. Quando o assunto é alimentação, por exemplo, é imprescindível evitar o excesso de sal – principalmente pelo iodo que é adicionado ao sal.

Além disso, alguns estudos mencionam a importância do selênio à saúde da tireoide. Nesse sentido, vale a pena incluir a castanha-do-pará no seu cardápio. 

Check-up anual

Existem dois exames que devem ser realizados anualmente para avaliar a tireoide: TSH e T4 livre. Independentemente da idade. Os exames são usados na triagem e acompanhamento das alterações da tireoide. A partir de alterações nos valores de TSH e T4 livre seu médico irá solicitar exames complementares para descobrir a causa das alterações.

As mulheres e as pessoas com histórico na família ou que já fizeram cirurgia para retirada de nódulos na glândula precisam redobrar a atenção quando o assunto é saúde da tireoide. 

Quando não corretamente tratadas, essas disfunções podem comprometer a qualidade de vida, o bem-estar e a performance física e mental, além de elevar os níveis de colesterol e contribuir para o surgimento de problemas cardíacos.

Conte com o Gerardo Trindade para cuidar da sua saúde!

Receitinhas para celíacos

“O que  cozinhar ou como inovar na cozinha quando se é celíaco?” Você com certeza já deve ter feito essa nota mental ao receber o seu diagnóstico de intolerância ao glúten. O novo hábito alimentar precisa excluir todo e qualquer tipo de alimento que contenha essa proteína presente no trigo, no centeio e na cevada: farinha de trigo, macarrão, pão, bolos e biscoitos, cerveja. Ainda bem que existem inúmeras possibilidades e substituições, como a farinha de arroz arroz, de mandioca, de milho, o fubá, a fécula de batata, fécula de mandioca, polvilho doce e polvilho azedo. Selecionamos algumas receitas para comprovar que comida sem glúten também é gostosa, confira a seguir:

1 – Pãozinho integral sem glúten

Para comer no café da manhã ou da tarde!

Ingredientes

  • 3 colheres (sopa) de farinha de arroz
  • 3 colheres (sopa) de amido de milho
  • 1 colher (sopa) de fermento químico
  • 1 colher (sopa) de leite desnatado em pó
  • 1 colher (sopa) de linhaça dourada
  • 1/4 xícara (chá) de nozes e castanha do pará trituradas
  • 1 clara de ovo caipira
  • 100 mililitros de iogurte desnatado sem açúcar/adoçante
  • 100 mililitros de água mineral
  • 1 colher de óleo de coco

Modo de Preparo

Misture tudo em uma tigela, menos as castanhas, nozes e linhaça. Quando a massa ficar com consistência elástica (como puxa-puxa), adicione os demais ingredientes e misture. Coloque em uma forma de silicone ou untada com óleo de coco e leve ao forno pré-aquecido por 25 a 30 minutos a 180 graus. Prontinho!

2 – Couve-flor gratinada sem glúten

Para um almoço gostoso e saudável!

Ingredientes 

  • 1/2 unidade de cebola
  • 1 fio de azeite de oliva para refogar
  • 400 mililitros de leite vegetal
  • 1 colher (sopa) de requeijão light
  • 1 colher (chá) de amido de milho
  • 1 colher (chá) de açafrão-da-terra (ou cúrcuma)
  • 1/2 xícara (chá) de queijo parmesão
  • 1 punhado de cebolinha-verde picada
  • 1 cabeça de couve-flor cortada em buquês
  • sal a gosto

Modo de Preparo

Refogue a cebola em um fio de azeite. Acrescente ⅔  do leite na panela e, em seguida, o requeijão. Deixe ferver por uns 3 minutos. Dissolva no leite que sobrou o amido e a cúrcuma. Junte à panela. Acerte o sal e deixe engrossar. Por fim, adicione metade do queijo parmesão e a cebolinha picada. Em um refratário, disponha a couve-flor e cubra com o molho branco. Polvilhe o restante do queijo e asse em forno preaquecido a 200 graus por 20 minutos. Viu como é fácil?

3 – Espaguete de Legumes sem glúten 

Uma receitinha super fácil que você pode fazer no almoço ou jantar!

Ingredientes

  • 1 punhado de alho amassado (a gosto)
  • 1 cebola média picada em cubos
  • 2 unidades de tomate picados em cubos
  • 1/2 tomate (polpa orgânico)
  • 1 palmito pupunha grande cortado em fios
  • 4 porções de brócolis (floretes levemente cozidos)
  • 1 cenoura cortada em rodelas levemente cozidas
  • 1 abobrinha média cortada em tiras finas

Modo de Preparo

Doure o alho, metade da cebola e os tomates picadinhos em um fio de azeite. Coloque a polpa de tomate e deixe refogar com um pouco de água. Em outra panela, refogue alho e o restante da cebola no azeite. Coloque o palmito, refogue e coloque um pouco de água, se necessário. Acrescente o brócolis, a cenoura e a abobrinha, mexendo um pouco para refogar. Acerte o sal e coloque temperos a seu gosto (orégano, manjericão…). Coloque o molho de tomate por cima e sirva! Delícia!

4 – Escondidinho de batata doce e carne moída sem glúten

Prepare-se para uma receita fácil e saborosa pá-pum!

Ingredientes

  • 1/2 xícara (chá) de batata-doce com casca e cozida
  • 1 colher (sopa) de mostarda
  • 1 xícara (chá) de carne moída cozida (dica: patinho extra limpo tem pouca gordura!)
  •  sal rosa a gosto

Modo de Preparo

Amasse a batata com um garfo, e  misture-a com a mostarda e o sal. Coloque a carne moída no fundo do potinho e a batata-doce no topo. Leve ao forno ou microondas até aquecer.

5 – Pizzaoica sem glúten 

Já fez uma pizza de tapioca? Essa é a hora, hmmm…

Ingredientes

  • 1 ovo inteiro
  • 2 claras de ovo
  • 1 colher (sopa) de tapioca
  • 1 pitada de sal rosa do himalaia
  • 1 colher (chá) de azeite de oliva extravirgem

Modo de Preparo

Bata todos os ingredientes no mixer de mão ou no liquidificador. Leve à frigideira antiaderente em fogo baixo e vire quando um dos lados estiver durinho. Coloque a cobertura que quiser!

5 – Pão de queijo no microondas sem glúten

Quem não gosta de um bom pão de queijo, né?

Ingredientes

  • 1 ovo
  • 1 colher (sopa) de creme de ricota light (ou requeijão light)
  • 1 colher (sopa) de polvilho doce (ou azedo)
  • 1 colher (sopa) de queijo parmesão ralado
  • sal a gosto

Modo de Preparo

Misture o ovo com o creme de ricota até que fique um creme homogêneo. Acrescente o restante dos ingredientes e misture bem. Coloque em um tigela pequena e leve ao micro-ondas por 2 minutos e 30 segundos. Assim, pá-pum!

6 – Torta de chocolate sem glúten 

Não podia faltar um doce na nossa seleção, é claro. Por isso, essa torta ganhou um espaço dedicado a ela!

Ingredientes 

  • 1 xícara (chá) de farinha de coco
  • 1 xícara (chá) de farinha de amêndoa
  • 1 colher (sopa) de psyllium (opcional)
  • 1/4 xícara (chá) de açúcar de coco (ou demerara)
  • 4 colheres (sopa) de óleo de coco (ou ghee – manteiga clarificada)
  • 1/2 pote de iogurte grego natural (para o efeito marmorizado/opcional)
  • 1 1/2 colher (sopa) de ágar-ágar (ou kanten)
  • 1 1/2 xícara (chá) de leite de coco caseiro
  • 1 xícara (chá) de chocolate meio amargo picado
  • 1 xícara (chá) de biomassa de banana verde molinha
  • 1/4 xícara (chá) de açúcar de coco (ou demerara)
  • • Água quente (o suficiente para dar liga)

Modo de Preparo

Em uma tigela, misture os ingredientes secos. Junte o óleo (ou a ghee) e amasse com a ponta dos dedos. Acrescente a água aos poucos, até dar liga. Forre o fundo e as laterais de uma fôrma de aro removível. Leve para assar em forno preaquecido a 180 °C por 20 minutos. Cubra com o creme de chocolate. Faça uma espiral com o iogurte (opcional) e use um palito para o efeito marmorizado.

Para o creme de chocolate: ferva o ágar-ágar com ½  xícara do leite de coco. Reserve. Aqueça o restante do leite, junte o chocolate e mexa até derreter. Retire do fogo. Acrescente a biomassa e o açúcar. Bata com um fouet até obter uma massa lisa. Recheie a torta e leve à geladeira por duas horas! O tempo de espera vale a pena!

Gostou das receitinhas? Compartilhe com seus amigos e familiares! 

Se você ainda tem dúvidas de que é celíaco, confira esse post no nosso blog onde são explicados os tipos de marcadores usados para diagnóstico da doença. Conte com o Gerardo Trindade para cuidar da sua saúde!

Como lidar com a incerteza e o medo nesse momento de pandemia?

Não saber lidar com a incerteza pode nos causar problemas emocionais e também um forte mal-estar psicológico. Esse momento que estamos vivendo da COVID-19 pode gerar um alimento para nossas preocupações, medos e ansiedades, pois não é fácil lidar com as mudanças bruscas e com a imprevisibilidade que o momento de pandemia nos trouxe.

Esse momento, se não bem administrado, pode gerar não só ansiedade como angústia, impotência, incapacidade, procrastinação, sentimento de inutilidade ou mesmo uma depressão. Isso  porque o isolamento social  mal vivenciado pode causar solidão e possibilitar um vazio interno e, mais tarde, um quadro depressivo.  

O pessimismo nos impede de perceber novos cenários e soluções, por isso é preciso pensar diferente para aliviar o sentimento ruim causado pelo momento atual.  

É muito pessoal o nível de estresse que acomete cada pessoa, precisamos fazer coisas diferentes todos os dias e encontrar o que nos faz sentir melhor e aliviar nossa mente. No entanto, é preciso que cada um respeite o seu tempo de processar o que está acontecendo. 

Nesse momento estamos todos vulneráveis, pois passamos por uma brusca quebra de rotina. Vivemos hoje a incerteza relacionada às fontes de renda, o que causa um aumento do mal-estar já vivenciado por esta perda de controle e porque não sabemos quais serão as próximas cenas que iremos vivenciar. 

É preciso passar por esse momento de forma leve e buscar minimizar os efeitos da nova rotina,  tendo em mente que é uma situação temporária. Logo tudo isso vai passar!

Considero cinco dias muito valiosas para ter dias mais leves durante a COVID-19: 

1 – Controle o acesso de informação sobre o coronavírus: existem muitas informações falsas que podem gerar medo e a ansiedade;

2 – Autocuidado: deixe sua saúde mental em dia, faça coisas que você gosta e que são importantes para você dentro das suas possibilidades;

3 – Busque autoconhecimento, reveja seus valores e seus planos, reflita sobre você como pessoa;

4 – Organize seu tempo para não perder o seu propósito: a sensação de utilidade nos traz felicidade. Nada como chegar ao fim do dia com orgulho de ter produzido o seu melhor, dentro do possível, é claro;

5 – Cuide do seu corpo e da sua imunidade: faça exercícios físicos pelos benefícios não apenas para o seu corpo, mas também para sua mente. Beba bastante água, alimente-se bem para reforçar o seu sistema imunológico e obter mais resistência, mantendo a saúde e, consequentemente, sendo menos vulnerável a doença. 

É importante reforçar que está tudo bem você não conseguir ser produtivo todos os dias. Nesse momento pode, sim, haver dias não muito bons, mas o importante é você ficar bem com você mesmo e não se cobrar tanto. A incerteza que vivemos  precisa nos estimular com perspectivas otimistas para o amanhã, pois o hoje é uma fonte inesgotável de possibilidades para dias melhores! Além disso, esse momento de pandemia será uma grande oportunidade para pensar e repensar que depois “dessa” seremos todos mais evoluídos!

O que fazer para evitar a hipertensão?

A hipertensão, popularmente conhecida como pressão alta, é uma doença crônica que não tem cura, mas pode não apenas ser evitada como controlada. De maneira geral,, a prevenção pode ser feita a partir de pequenas mudanças no dia a dia e ao redobrar os cuidados se você tiver histórico de hipertensão na família. Confira algumas medidas importantes para evitar a doença:

Use a alimentação como aliada

Os alimentos servem para nutrir o nosso corpo, auxiliando diretamente na obtenção de nutrientes essenciais. Por isso, é importante que haja uma preocupação com o que se consome diariamente. O mais importante é dar preferência aos alimentos in natura, como verduras, legumes e frutas, evitar os processados e ultraprocessados, além de alimentos gordurosos e salgados. Além disso, entre as refeições principais, procure consumir um pouco de amêndoas ou nozes. Essas castanhas são ricas em magnésio e vitamina E1 que atuam como vasodilatadores e antioxidantes naturais, uma excelente forma de controlar a pressão arterial! 

O cuidado com o sal é fundamental, já que ele contribui para o aumento da pressão arterial. Mas atenção, não é somente a quantidade de  sal de cozinha que deve ser reavaliada. Alguns alimentos são fontes de maior teor de sódio: temperos industrializados, como ketchup, mostarda, shoyu, caldos concentrados; embutidos, como salsicha mortadela, linguiça, presunto, salame, paio; conservas, como picles, azeitona, aspargo, palmito; enlatados, como extrato de tomate, milho e ervilha; bacalhau, carne seca, defumados; queijos em geral e aditivos, como glutamato monossódico, utilizados em condimentos e sopas de pacote, também devem receber a devida atenção. 

Pratique atividades físicas

Praticar algum tipo de atividade física, como uma caminhada, por exemplo, reduz a pressão arterial na primeira hora e mantém a queda nas 24h subsequentes. Além disso, praticar exercícios físicos contribui para o bom funcionamento dos sistemas respiratório e pulmonar. 

Não fume

O cigarro eleva a frequência cardíaca e pressão arterial imediatamente. Além do risco aumentado para a doença coronariana associada ao tabagismo, indivíduos que fumam mais de uma carteira de cigarros ao dia têm risco cinco vezes maior de morte súbita do que indivíduos não-fumantes.

Evite o consumo de bebidas alcoólicas

O consumo excessivo de álcool eleva a pressão arterial e a variabilidade pressórica, aumenta a prevalência de hipertensão e ainda é fator de risco para acidente vascular encefálico. O melhor mesmo é evitar seu consumo, já que não há dose segura. Se você bebe eventualmente, para não passar da conta, a recomendação é a seguinte: limitar a ingestão a 30g álcool/dia contidas em 600 ml de cerveja (5% de álcool) ou 250 ml de vinho (12% de álcool) ou 60ml de destilados (whisky, vodka, aguardente com 50% de álcool). Este limite deve ser reduzido à metade para homens de baixo peso, mulheres e indivíduos com sobrepeso e/ou triglicérides elevados. 

Mantenha a mente em equilíbrio

Isso pode ser um desafio com uma rotina agitada e inúmeras preocupações, mas é fundamental manter fatores como estresse e ansiedade bem longe para equilibrar a mente, o corpo e a pressão arterial. Procure controlar as emoções fazendo algo por você, mesmo que seja somente alguns minutinhos por dia! 

Conte com o Gerardo Trindade para cuidar da sua saúde!

Alterações laboratoriais na COVID-19

O teste molecular que detecta o ácido nucléico do viral é o método padrão-ouro para a pesquisa de SARS-COV-2 e confirmação de casos. A testagem pode dar resultados falso-negativos pela baixa sensibilidade do método, erros técnicos ou coleta de amostra insuficiente. Pacientes infectados podem levar 6 dias para terem resultados positivos pelo teste molecular, razão pela qual o isolamento social é tão importante.

Os testes sorológicos serão fundamentais para detecção de anticorpos IgG específicos contra o vírus em uma população já exposta e assintomática, permitindo assim um inquérito epidemiológico e a identificação de portadores assintomáticos. Os testes disponibilizados no mercado devem garantir boa sensibilidade para evitar resultados falso-negativos e boa especificidade para evitar reações cruzadas.

Alterações em outros exames laboratoriais podem estar presentes em pacientes com COVID-19:

As alterações de maior destaque são: (frequência de casos)

• Linfocitopenia – (83,2%)
• ↑ de proteína C reativa (PCR – (60,7%)
• ↑ da desidrogenasa láctica (LDH) – (41,0%)
• ↑ do dímero D – (43,2%)
• ↑ de AST – (22,2%)
• ↑ de ALT – (21,3%)
• ↑ da velocidade de sedimentação de eritrócitos (ESR)
• ↓ da concentração sérica de albumina

Alguns parâmetros hematológicos podem auxiliar na previsão e no acompanhamento da progressão da doença para quadros mais graves:

• Surgimento de Leucocitose e Neutrofilia
• Agravamento da Linfocitopenia
• Surgimento de Trombocitopenia (36,2%)

Foi observado um aumento significativo do volume celular dos monócitos (MDW, parâmetro inovador disponível em poucos modelos de equipamentos hematológicos), especialmente nos pacientes com piores condições clínicas. 

Os testes de coagulação são muito importantes pois o aumento do Tempo de Protrombina e dos níveis de dímero D se constituem como preditores significativos da gravidade da doença e reforçam a possibilidade da Coagulação Intravascular Disseminada (CID) como uma das complicações mais graves na infecção pelo COVID-19.

Os fatores prognósticos mais importantes para doença grave foram os seguintes:

Outras alterações laboratoriais observadas, especialmente nos pacientes com doença grave, foram concentrações aumentadas de interleucinas (IL6 e IL10). A IL6 tem sido apontada como um marcador mau prognóstico, juntamente com o dímero-D.

Fontes:

Dong X et al. Eleven Faces of Coronavirus Disease 2019. 2020. Allergy. doi:10.1111/all.14289.

Gao Y et al. Diagnostic Utility of Clinical Laboratory Data Determinations for Patients with the Severe COVID-19. J Med Virol. 2020 Mar 17. doi: 10.1002/jmv.25770.

Huang C et al. Clinical features of patients infected with 2019 novel coronavirus in Wuhan, China. Lancet. Vol 395 February 15, 2020.

Lippi G, Plebani M, Michael Henry B. Thrombocytopenia is associated with severe coronavirus disease 2019 (COVID-19) infections: A meta-analysis. 2020. Clin Chim Acta. doi: 10.1016/j.cca.2020.03.022.

Lippi G, Plebani M. The critical role of laboratory medicine during coronavirus disease 2019 (COVID-19) and other viral outbreaks. Clin Chem Lab Med. 2020. doi: 10.1515/cclm-2020-0240.

Wan S et al. Clinical Features and Treatment of COVID‐19 Patients in Northeast Chongqing. J Med Virol. 2020 Mar 21. doi: 10.1002/jmv.25783.

Wang Z et al. Clinical Features of 69 Cases with Coronavirus Disease 2019 in Wuhan, China. Clin Infect Dis. 2020 Mar 16. pii: ciaa272. doi: 10.1093/cid/ciaa272.

WHO. Novel Coronavirus (COVID19) Situation Report-23. 2020

Autores: Marcos Fleury e Mauren Isfer.

Páscoa: receitas para fazer em família

Páscoa é sinônimo de renovação, vida, alegria e família reunida. Para entrar no clima dessa data tão especial e oportuna, que tal colocar a mão na massa e aproveitar o tempo em casa para caprichar nas receitas de chocolates? Selecionamos opções fáceis, divertidas e muito gostosas!

1 – OVO DE CHOCOLATE PRETO CROCANTE

Já pensou em fazer um ovo crocante em meia horinha? As crianças vão amar!

Ingredientes

500 gramas de chocolate meio amargo
1 xícara (chá) de crespinhos de arroz 

Modo de Preparo 

Derreta o chocolate em banho-maria e, assim que estiver liso, retire do fogo;

Despeje sobre uma superfície de mármore e trabalhe-o com uma espátula;

Misture o crocante ao chocolate e faça uma camada em uma forma de ovo de Páscoa de 320 g;

Leve à geladeira por 3 minutos para firmar um pouco;

Repita a operação mais duas vezes;

Desenforme e embale como quiser! Fácil, viu?

2- OVO SABOR PRESTÍGIO

Essa receita é para quem adora coco!

Ingredientes

1 kg de chocolate ao leite em pedaços
1 xícara (chá) de doce de coco

Modo de Preparo

Coloque o doce de coco em uma peneira e deixe escorrer por 4 horas. Reserve separadamente o doce e a calda;

Derreta o chocolate no micro-ondas por 3 minutos na potência média;

Retire do forno e mexa até acabar de derreter;

Transfira para um refratário limpo e bem seco e mexa o chocolate até que, ao encostar um pouco nos lábios, dê a sensação de frio. Reserve;

Verifique o recheio. Se estiver muito seco, corrija o ponto com um pouco da calda reservada. Ele deve ficar úmido, porém sem excesso de calda;

Espalhe o chocolate derretido em uma forma própria para ovos de Páscoa e leve-a à geladeira com a boca para baixo sobre um papel-alumínio e deixe secar até ficar firme;

Retire da geladeira e ponha o recheio na cavidade do ovo;

Deixe aproximadamente 1 cm da borda;

Faça uma nova camada de chocolate derretido sobre o recheio de coco e devolva a forma à geladeira;

Deixe secar até a fôrma ficar opaca;

Desenforme com cuidado e deixe o ovo descansar na temperatura ambiente por 1 hora;

Embrulhe cada metade com papel-chumbo, junte-as e embrulhe novamente com papel decorado. Prontinho, você acaba de fazer um ovo de Páscoa caseiro delicioso!

3 – OVO DE CHOCOLATE BRANCO CROCANTE

Sempre tem alguém em casa que ama chocolate branco, né? 

Ingredientes

75 gramas de açúcar

1 colher (chá) de margarina

50 gramas de amendoim sem pele ou castanha de caju

500 gramas de chocolate branco derretido

Modo de Preparo

Em uma panela média, coloque o açúcar, a margarina e leve ao fogo, mexendo sempre até formar uma calda caramelada;

Retire do fogo, acrescente o amendoim ou a castanha de caju e misture bem;

Espalhe a mistura sobre uma assadeira grande untada com margarina;

Depois de fria, leve-a para bater no processador de alimentos ou simplesmente quebre, usando para isso um martelinho de cozinha. Reserve;

Derreta o chocolate branco conforme as instruções da embalagem;

Com uma colher, espalhe uma camada do chocolate derretido em uma forma para ovo de Páscoa de 500g;

Leve à geladeira para secar por apenas 2 minutos;

Espalhe outra camada de chocolate e leve novamente à geladeira por mais 2 minutos;

Misture o crocante ao chocolate restante e espalhe a terceira e última camada;

Volte à geladeira até secar completamente, o que levará aproximadamente 30 minutos;

Desenforme o ovo e embrulhe em papel-chumbo, próprio para chocolate. Prontinho!

4 – COOKIES COM GOTAS DE CHOCOLATE

Um clássico da cozinha que é feito para envolver e divertir as crianças!

Ingredientes

2 1/4 xícara (chá) de farinha de trigo

1/2 colher (chá) de bicarbonato de sódio

14 colheres (sopa) de manteiga em temperatura ambiente

3/4 xícara (chá) de açúcar cristal

1/4 xícara (chá) de açúcar demerara

1 colher (chá) de sal

2 colheres (chá) de essência de baunilha

2 unidades de ovo

2 xícaras (chá) de chocolate meio amargo em gotas

Modo de Preparo

Aqueça o forno em temperatura média (cerca de 180 ºC);

Em uma tigela, misture a farinha com o bicarbonato;

Na batedeira, bata a manteiga com os dois tipos de açúcar até obter uma mistura fofa;

Junte o sal, a baunilha e os ovos. Bata bem;

Adicione a mistura de farinha e bata até ficar homogêneo;

Junte o chocolate em gotas e misture;

Coloque porções de 2 colheres (sopa) em uma assadeira sem untar, deixando um espaço de 2 cm entre os biscoitos;

Leve ao forno por 10 minutos ou até os biscoitos crescerem e dourarem na borda;

Tire do forno e deixe descansar por 3 minutos; 

Com uma espátula, retire os cookies e deixe esfriar! 

Que tal testar alguma dessas receitas e esconder os ovinhos depois pela casa? A brincadeira, chamada de caça aos ovos, com certeza, será um sucesso! 

COMO FAZER UMA CAÇA AOS OVOS COM AS CRIANÇAS

1 – Comece escondendo ovos menores pelo caminho até chegar no ovo grande, assim as crianças ficam motivadas a terminar a brincadeira;

2  – Baixe, imprima, recorte e cole no chão as patinhas de coelho que levam até o esconderijo do ovo maior. O molde está disponível aqui embaixo!

3 –  Se as crianças na sua casa não são tão pequenas, faça cartões com pistas! 

4 – Use cestas para que a criançada possa depositar os ovos que encontrar no caminho. 

5 – Não se preocupe com o espaço. Se sua casa não tem quintal, brinque no espaço que possui. Se você tem uma varanda, use-a! Se o seu quintal é grande, aproveite o espaço para espalhar os ovos. O importante é brincar com a criançada!

O Gerardo Trindade deseja a todos uma Páscoa alegre, cheia de fé e esperança!

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